Quem são os possíveis candidatos à liderança do PSD?

Na passada terça-feira, dia 3 de outubro, Pedro Passos Coelho anunciou na Comissão Política Nacional que não se iria recandidatar à liderança do PSD. Conheça os (possíveis) lideres do futuro socialista democrata.

Após uma derrota expressiva, o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho prometeu ao país «uma reflexão ponderada» sobre se iria ou não recandidatar-se à liderança do Partido Social-Democrata, no início do próximo ano. Apesar de assumir responsabilidade pelos maus resultados do partido, nas últimas eleições, Passos Coelho garantiu que não se demitiria e que continuaria a desempenhar a função de líder do partido, até que outro fosse nomeado.

Contudo, na passada terça-feria, dia 3 de outubro, o antigo primeiro ministro anunciou na reunião da Comissão Política Nacional que não iria recandidata-se ao respectivo cargo, nas próximas eleições diretas.

Posto isto, surge a questão: Quem irá ser o presidente do partido social-democrata? Entre ponderações e reuniões com apoiantes, conheça os quatro candidatos possíveis para a liderança do PSD:

Paulo Rangel

Apesar de o próprio não ter confirmado, Paulo Rangel aparece como um dos prováveis candidatos à liderança do partido. Questionado pela imprensa nacional sobre o interesse em entrar na corrida, o eurodeputado respondeu que não era altura para tal divulgação:

«Nós hoje viemos aqui apenas fazer uma reflexão. Este não é o tempo para nomes nem para números, este é o tempo de pensarmos qual é o futuro que queremos para o PSD», afirmou Paulo Rangel ao jornal Público.

No mesmo discurso da passada terça-feira, Pedro Passos Coelho garantiu que não iria intrometer-se na luta pela liderança do PSD, mas acabou por mencionar o nome do eurodeputado. Entre as várias opiniões dos comentadores políticos portugueses, o único entrave à candidatura de Paulo Rangel parece ser a força da (possível) candidatura de Rui Rio, se este assim avançar para a mesma.

«Já foi candidato no passado, tem estatuto e qualidade para isso, e se não for agora corre o risco de já não voltar a ser no futuro», referiu Marques Mendes, no comentário semanal, da SIC.

Paulo Rangel, de 49 anos, cresceu entre Gaia, Porto e Gondomar. Licenciado em direito, pela Faculdade de Direito da Universidade Católica, o político  especializou-se em Direito Administrativo e em Direito administrativo. Foi em 2001 que Paulo Rangel entrou no mundo da política pela primeira vez, quando o PSD e o CDS-PP confiaram-lhe a redacção do programa de candidatura de Rui Rio, à câmara municipal do Porto. Paulo Rangel é desde 2009 até hoje, eurodeputado. Em 2010, o político disputou com Pedro Passos Coelho e Aguiar-Branco a liderança do PSD, sem sucesso.

Luís Montenegro

Luís Montenegro, não tendo ainda avançado com a candidatura, apresenta-se, contudo, como o natural sucessor a Pedro Passos Coelho. O ex-líder parlamentar do PSD tem sido apontado como um forte novo rosto do partido social-democrata.

Luís Montenegro afirmou hoje, dia 4 de outubro, numa entrevista à TSF que está a ponderar uma eventual candidatura e que a decisão “não depende de ninguém”.

«(Luís Montenegro) está pouco inclinado a chegar-se à frente», por ser «demasiado cedo para assumir a presidência» e por estar «demasiado conotado» com o próprio Passos Coelho, explicou o jornal Expresso.

Embora sempre tenha apoiado e elogiado Passos Coelho, Luís Montenegro já sublinhou várias vezes que a amizade que mantém com o ex-primeiro ministro nunca culminou em favoritismos.

Luís Montenegro, de 44 anos, tem formação na área do direito e chegou a exercer advocacia. Deputado desde 2002, após ter sido presidente da Juventude Social Democrata de Espinho, o político candidatou-se à câmara da mesma região em 2005, sem sucesso. Em 2010, foi eleito Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PSD, na lista liderada por Miguel Macedo e em 2011, tornou-se presidente do GPPSD.

Ao longo da carreia, Luís Montenegro já teve envolvido em várias polémicas nomeadamente, relativas à maçonaria e corrupção e tráfico de influência.

Rui Rio

Apesar de ainda não ser oficial, a candidatura de Rui Rio à presidência do partido «laranja» é das previsões mais certas. De acordo com declarações prestadas à revista Visão, o ex-autarca deverá apresentar a candidatura dentro de dias, no Porto, acompanhado de uma página na Internet.

De acordo com o Expresso, o político terá se encontrado no dia 3 de outubro, com um grupo de conselheiros e personalidades reconhecidas do PSD para discutir o cenário pós-autárquicas e a possível candidatura.  Neste encontro, que se deu numa quinta em Azeitão, Rui Rio terá estado em conversas com Ângelo Correia, Nuno Morais Sarmento, Manuela Ferreira Leite, Feliciano Barreiras Duarte e José Eduardo Martins.

Rui Rio, de 60 anos, natural do Porto, licenciou-se em Economia, na Universidade do Porto. Após ter trabalhado na indústria têxtil e metalomecânica, o economista estreou-se no sector bancário, com um cargo no Banco Comercial Português. Em 1982, Rui Rio entra na política através da Juventude Social Democrata, onde foi vice-presidente da Comissão Política Nacional.

Entre ter sido director financeiro da fábrica de tintas CIN, membro Comité de Investimentos do Millenium Fundo de Capitalização, entre outros cargos, o político foi eleito presidente da Câmara Municipal do Porto, entre 2002 e 2010.

Pedro Santana Lopes

No passado dia 3 de outubro, após Pedro Passos Coelho ter saído da luta pela liderança do partido, Pedro Santana Lopes juntou-se à corrida:

«(Estou) a ponderar, obviamente», revelou o antigo primeiro-ministro, na SIC Notícias, no habitual debate com o socialista António Vitorino.

O ex-líder social democrata acrescentou que tem recebido muitas mensagens de apoio e que se Passos Coelho tivesse decidido recandidatar-se que o teria apoiado. Para concluir, Pedro Santana Lopes deixou uma mensagem a presumíveis candidatos que tomam decisões apenas baseadas no apoio de barões do partido.

«Esses consensos fabricados antes de tempo, nunca gostei, nem gosto. Mesmo que alguém corra a apresentar-se com nomes de barões e baronetes, quem vota são os militantes», referiu Pedro Santana Lopes.

Pedro Miguel de Santana Lopes, de 61 anos, é o atual provedor da Santa Casa da Misericórdia. O político cresceu em Lisboa e formou-se Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Desde os tempos de estudante, Pedro Santana Lopes destacou-se no meio político, tendo fundado, em 1976, o MID – Movimento Independente de Direito. Após acabar a formação superior, foi chamado como adjunto do ministro  Álvaro Monjardino, no V Governo Constitucional. Entre os muitos cargos que exerceu, Pedro Santana Lopes já foi presidente da câmara de Lisboa, líder do PSD e primeiro-ministro.

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