Greve de abastecimento de combustíveis provoca caos na Grande Lisboa

Greve de abastecimento de combustíveis sem fim à vista está a provocar filas de trânsito intermináveis. Reforço de segurança já está em acção e até a transladação de corpos está em risco.

Greve de abastecimento de combustíveis provoca caos na Grande Lisboa

A reunião entre o governo e os sindicatos que representam os camionistas que transportam matérias perigosas e respectivos empregadores começou ao início da noite desta quarta-feira, 17 de abril mas o objetivo não é negociar o fim da greve que já dura há mais de 72 horas mas sim o alargamento dos serviços mínimos a todo o país.

Entretanto, de norte a sul de Portugal, o caos instala-se junto dos postos de abastecimento, com filas que chegam à marca dos vários quilómetros.

Neste vídeo que lhe mostramos abaixo, captado na alta de Lisboa, é possível ver vários camiões-cisterna que transportam combustíveis, escoltados pela GNR. Ao mesmo tempo, a principal artéria circundante da capital, a Segunda Circular, esteve cortada para permitir a passagem dos camiões.

As filas na zona da Grande Lisboa estendem-se por quilómetros, como pode ver neste vídeo, captado na zona de Mem Martins, Sintra.

A  greve dos motoristas de matérias perigosas, que começou na passada segunda-feira, 15 de abril, e está para durar, tem consequências que vão muito além da limitação do transporte doméstico. O consumo de gás em botija (também transportado por estes motoristas), a recolha do lixo, os transportes turísticos, a hotelaria e até a transladação de corpos poderá ser afetada se não existirem mudanças nas próximas horas.

Nas redes sociais, são inúmeros os internautas que partilham a impaciência, o desespero que esta greve está a provocar.

 

 

Em alguns pontos do país, os camiões com combustível já estão a abastecer postos mas, a avaliar pelas filas, o reforço durará pouco.

 

 

Segurança reforçada em pontos-chave do país

 

Ao início da tarde desta quarta-feira, a Associação Nacional de Revendedores de Combustível (ANAREC) adiantou que cerca de 40% dos postos da rede nacional estejam ou inativos ou em situação de pré-rutura de stock. E, mesmo que a greve terminasse esta quarta-feira, seria preciso, no mínimo, uma semana até à normalização total do abastecimento.

O policiamento  já foi reforçado, tendo a PSP destacado, em articulação da GNR, operacionais para 400 pontos-chave em todo o país, na tentativa de evitar bloqueios que impeçam a circulação dos camiões. Fonte oficial da PSP adiantou à Lusa que 16 condutores da PSP asseguraram a condução de transportes de matérias perigosas e que continuarão a fazê-lo até domingo.

Nas zonas fronteiriças, já há quem opte por ir até Espanha para encher o depósito, fintando assim uma greve que tem por objetivo o reconhecimento desta categoria profissional.

 

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