Tim McLean, o homem que foi decapitado e comido num autocarro

Tim McLean foi esfaqueado, decapitado e canibalizado dentro de um autocarro. Cenário era tão macabro que um dos primeiros agentes a chegar no local desenvolveu transtorno de stress pós-traumático e suicidou-se.

Tim McLean, o homem que foi decapitado e comido num autocarro

Timothy Richard McLean Jr., conhecido como Tim McLean, nasceu em 3 de outubro de 1985, na cidade de Winnipeg, no Canadá. O jovem, que trabalhava como animador de circo, apanhou um autocarro para voltar a casa após um espetáculo na cidade de Edmonton, Alberta. Naquele 30 de julho de 2008, sentou-se nos últimos bancos do autocarro Gray Lion 1170. Na paragem de Erickson, entrou um passageiro: Vincent Weiguang Li, o homem que viria a matar o jovem, de 22 anos, minutos depois.

Vincent, formado em ciências da computação, mudou-se para o Canadá em meados de 2001 e adquiriu cidadania canadiana cinco anos depois, em 2006. Apesar de ser licenciado, uma vez que não era fluente em inglês, só conseguiu arranjar emprego em áreas precárias. Era descrito como “calmo” e “esforçado”. Em 2006, mudou-se para Edmonton com a esposa. Lá, trabalhou a entregar jornais, em redes de fast food e, por fim, em serviço de entrega ao domicílio do Walmart. Terá sido neste período que começou a revelar os primeiros sinais de instabilidade.

Um mês antes do homicídio de Tim, foi demitido por um “desentendimento” com outros funcionários. Um dia antes da tragédia, passou a noite num banco ao lado de uma mercearia em Erickson, juntamente três malas. Vincent apanhou o autocarro às 18h55 de 30 de julho de 2008. Inicialmente, sentou-se nos bancos da frente. Contudo, acabou por mudar-se para o final após uma paragem e sentou-se ao lado de Tim, que dormia com a cabeça encostada à janela e estava de fones no ouvido. É então que, de repente, saca de uma faca e desferiu diversos golpes no pescoço e no peito do animador de circo.

Homicida exibiu cabeça de decepada de Tim

Assim que o ataque começou, o motorista travou e os passageiros abandonaram o transporte em pânico. Alguns tentaram auxiliar Tim, mas o agressor ameaçou-os com a arma branca. Minutos depois, Vincent exibiu a cabeça decepada de Tim através das janelas do autocarro.  Às 20h30, a polícia chegou ao local do crime a tempo de testemunhar um cenário verdadeiramente macabro. O homem estava a comer partes do corpo da vítima. Antes, tinha tentado fugir com o autocarro, mas foi incapaz graças ao motorista, que accionou o sistema de imobilização do veículo.

A chamou negociadores especiais e uma unidade tática armada. Na madrugada do dia seguinte, o homicida tentou partiu uma janela e tentou escapar. Durante a fuga, foi atingido por dois disparos de taser e acabou detido. Foram encontradas várias partes do corpo da vítima. Os olhos e uma parte do coração nunca foram recuperados. O julgamento teve início em março de 2009 e o homem confessou o crime, mas alegou inimputabilidade por insanidade mental. De acordo com um psiquiatra, o ataque terá sido motivado pela voz de Deus que o arguido ouviu.

Voz de Deus e ataque alienígena

Vince afrimou que Deus teria ordenado que matasse a “criatura demoníaca” que estava ao seu lado. Caso contrário, seria ele quem seria morto por Tim. O juiz, John Scurfield, aceitou o diagnóstico e decidiu que o réu era inimputável. Assim, foi condenado ao internamento no Centro de Saúde Mental de Selkirk. Com o passar dos anos, o tratamento mostrou resultados e o homem, gradualmente, regressou à vida em sociedade. Em 2012, deu uma entrevista a explicar as suas ações. Afirmou que ouvia a voz de Deus desde 2004 e que queria salvar o público de um ataque alienígena. Um dos primeiros agentes a chegar no local, Ken Barker, desenvolveu transtorno de stress pós-traumático e cometeu suicídio. Em 2016, Vincent Weiguang Li alterou legalmente o nome para Will Lee Baker. Um ano depois, foi libertado e vive sem restrições legais.

Foto: D.R

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