Dono da quinta onde morreu Julen indiciado por homicídio negligente

A juiza encarregue do polémico caso acredita que existem indícios de que o caso se trata de um homicídio por negligência por parte do proprietário da quinta, que é primo da família por afinidade.

David, o dono da quinta onde morreu Julen vai ser chamado a depor em tribunal, a fim de «serem apuradas as responsabilidades criminais das pessoas envolvidas» na morte da criança, avança o jornal La Voz de Galicia.

A juiza encarregue do polémico caso acredita que existem indícios de que o caso se trata de um homicídio por negligência por parte do proprietário da quinta, que é primo da família por afinidade.

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No processo de investigação estão envolvidas 12 pessoas  entre as quais, a mulher do proprietário da empresa que é prima do pai de Julen.

Pai de Julen culpa-se pela morte do filho: «Maldita a hora em que fui para ali»

José Roselló, pai de Juleno menino de dois anos que caiu num poço em Malága, está a viver um período extremamente difícil. Ainda numa fase de luto, o progenitor explica que sempre que fecha os olhos vê o poço onde o filho mais novo perdeu a vida, dois anos depois do filho mais velho ter morrido de um ataque de coração fulminante.

De acordo com o Diário Sur, José, de 29 anos,  tem-se refugiado em casa dos amigos. Muitas vezes, o progenitor apenas vai ter com os companheiros para jogar playstation para conseguir pensar noutra coisa para além da trágica morte de Julen. «Tenho os melhores amigos do mundo», afirma o pai.

«Não temos onde cair mortos», declara José

«Antes, vivíamos com a família, mas quando o Oliver [filho mais velho] morreu tivemos de nos ir embora porque tudo eram memórias. E agora, está a acontecer o mesmo», desabafa José.

José também confessou que se arrepende de ter ido para a propriedade da família onde Julen morreu e que nunca há de se perdoar por não ter conseguido proteger a criança. «Amaldiçoou-me. Maldito esse dia! Maldita a hora em que fui para ali… Não voltarei a ir para o campo, nem a comer um prato de paelha [refeição que estava a cozinhar quando o menino caiu acidentalmente no poço]».

«Embora a dor não desapareça, serei eternamente grato»

Em declarações à publicação referida, o progenitor ainda destacou que ele e a mulher ficaram «emocionados» com todas as mensagens de apoio que receberam do mundo inteiro. Em especial, José quis agradecer à Guarda Civil por todos os esforços realizados para resgatar Julen. «Da mesma maneira que vim pedir mais meios, venho agora agradecer a todos os que se uniram para ajudar. Não quero mais entrevistas, só mostrar gratidão».

 

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