Recorde os envenenamentos mais mediáticos da era Putin

Envenenamentos são uma prática que o Kremlin sempre negou. Recorde os casos mais mediáticos da era de Vladimir Putin.

O oligarca russo Roman Abramovich e dois negociadores de paz ucranianos sofreram sintomas de possível envenenamento após uma reunião em Kiev no início deste mês, dá conta o The Wall Street Journal (WSJ). Consumiram apenas “chocolate e água” nas horas anteriores aos sintomas e, a confirmar-se, o objetivo seria apenas assustá-los, já que que a quantidade de veneno utilizada não era suficiente para estes corressem perigo de vida, avançou o site de investigação Belling Cat.

Por outro lado, um funcionário do Governo norte-americano esclareceu, já nesta segunda-feira, que os serviços secretos sugerem que os sintomas apresentados pelo bilionário russo Roman Abramovich e pelos negociadores ucranianos, na sequência de uma reunião negocial em Kyiv, deveu-se a um fator “ambiental” e não a envenenamento. Se Abramovich foi envenenado pelo Kremlin, não foi o primeiro sob a era Vladimir Putin. Recorde os casos mais mediáticos.

Viktor Yushchenko

O primeiro caso remonta a 2004, na Ucrânia. Yushchenko, pró-europeu, e Yanukovych, simpatizante e preferido do Kremlin, disputavam as eleições presidenciais. Dois meses antes, Viktor Yushchenko ficou gravemente doente tendo-lhe sigo diagnosticada uma pancreatite aguda. Veio depois a descobrir-se que foi envenenado com TCDD, ficando com a cara desfigurada. Desde então, já se submeteu a cerca de 24 cirurgias. Yushchenko diz saber quem o envenenou, mas não avança nomes.

Sergei Skripal

Em 2006, a Justiça da Rússia condenou Skripal, um ex-coronel que trabalhava no setor de inteligência do país, de vender segredos ao Reino Unido. Em 2010, saiu da prisão e mudou-se para a Inglaterra. Em 2018, ele a filha, Yulia, foram expostos a uma substância neurotóxica, o novichok, desenvolvido pela União Soviética, na cidade de Salisbury, no sul de Inglaterra. Alguns dos profissionais de saúde que os socorreram também sofreram uma intoxicação. A substância terá sido pulverizada na maçaneta da porta de casa de Skripal e poderá ter sido assim que ele a filha tiveram contacto com o novichok.

Alexander Litvinenko

Litvinenko, agente da KGB que se tornou um crítico do governo de Vladimir Putin, acabou mesmo por morrer. Foi envenenado com um agente raro e altamente tóxico, o isótopo de polónio 210. Litvinenko foi envenenado ao conhecer Andrei K. Lugovoi, um ex-guarda-costas da Serviço Federal de Segurança (FSB) num bar de um hotel em Londres, em Inglaterra, em 2006. Morreu três semanas depois. A Justiça do Reino Unido concluiu que o polónio usado no envenenamento provavelmente saiu de um reator de energia russo. “Poderá ter sucesso em silenciar um só homem, mas o coro de protestos em todo o mundo, sr. Putin, irá reverberar nos seus ouvidos para o resto da sua vida”, terá dito antes de morrer.

Alexei Navalny

O maior opositor de Putin, Alexei Navalny, foi também vítima de envenenamento com novichok, em agosto de 2020. Adoeceu durante um voo entre Tomsk e Moscovo e foi transportado de avião para Berlim, onde permaneceu cerca de um mês no hospital Charité. Chegou a estar em coma. Um médico russo chegou a afirmar que nenhum veneno foi encontrado no corpo de Navalny mas em setembro de 2020, o governo alemão afirmou que testes toxicológicos de amostras de sangue de Navalny mostravam, sem possibilidade de equívoco, que houve envenenamento pelo agente novichok. O advogado foi recentemente condenado a nove anos de prisão por fraude e injúria em tribunal.

Vladimir Kara-Murza

Kara-Murza diz que houve tentativas de envenená-lo em 2015 e 2017. Um laboratório alemão identificou altos níveis de mercúrio, cobre, manganésio e zinco no seu corpo. O governo russo nega qualquer envolvimento.

Anna Politkovskaya

Anna Politkovskaya, jornalista russa do Novaya Gazeta – que cessou funções até que a guerra termine – foi envenenada enquanto viajava para Beslan, em setembro de 2004. Era conhecida por investigar crimes de altas figuras governamentais russas. Recuperou do envenenamento mas dois anos depois foi assassinada com quatro tiros no prédio onde vivia em Moscovo.

Fotos: Reprodução YouTube

Vidente que previu 11 de setembro diz que Putin vai ser «senhor do mundo»
Baba Vanga previu a guerra na Ucrânia durante uma reunião com o escritor Valentin Sidorov, em 1979. Além disso, a morte da princesa Diana, o Brexit e a ascensão do Estado Islâmico também foram previstas. (… continue a ler aqui)

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