Órfão escreve carta a pedir ajuda a Marcelo: «Tenho ou não o direito de enterrar o meu pai?»

«Por favor ajude-me, preciso de justiça como o ar que respiro», pede o jovem ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

Um jovem órfão de 15 anos escreveu uma emotiva carta aberta para ser entregue ao Presidente da República a pedir ajuda a Marcelo Rebelo de Sousa para que se faça justiça em nome do pai.

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Marcelo Santos, o pai do adolescente, encontra-se desaparecido desde dezembro de 2013. No entanto, três meses após o desaparecimento do pai, o rapaz teve outra trágica perda na família, Carla Santos, a tia do rapaz, foi assassinada à facada pelo ex-companheiro Moisés Fonseca. Apesar do homicida ter sido condenado a 25 anos pela morte de Carla, o órfão acredita que o pai também terá sido morto por Moisés. Neste sentido, na esperança de encontrar o corpo do progenitor e poder fazer o luto, o rapaz pede que Marcelo intervenha no caso.

«Já passaram quatro anos e o meu pai continua desaparecido, morto, enterrado em local incerto e em terra de ninguém, pelo assassino (…) tenho ou não o direito de enterrar ou cremar o meu pai dando-lhe um enterro digno? Como pensam que se sentem os nossos avós, pais do meu pai e da minha tia, abandonados pela Justiça?», começa por lamentar o adolescente.

Confessando sentir uma enorme dor e tristeza, o jovem de 15 anos destaca como o desaparecimento do pai e a morte da tia destruíram a sua família e como foi privado de ter uma vida familiar «normal», devido a esta situação.

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«Desde dezembro de 2013 que a nossa vida tomou um rumo muito triste. Somos pessoas de bem. O meu pai e a minha tia eram pessoas de bem, seres humanos incríveis, mas alguém nos destruiu”. O jovem pede ainda que se faça justiça: “Um assassino roubou-me a oportunidade de ser um jovem como todos os outros e de ter o pai mais meigo, dedicado e amigo. A minha tia era também maravilhosa. As pessoas precisam de viver, de fazer o luto e de sentir que a justiça existe.»

O órfão acaba a carta pedindo o apoio do Presidente da República para que se faça justiça: «Por favor ajude-me, preciso de justiça como o ar que respiro.»

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