Diana Fialho vai hoje a tribunal. Mãe biológica não acredita que a filha seja uma assassina

Ângela Rodrigues, mãe biológica da suspeita, diz não acreditar que esta seja um monstro. Diana foi adotada aos nove anos pela professora de físico-química.

Diana Fialho e Iuri Mata, acusados de assassinarem Amélia Fialho, mãe adotiva de Diana, deverão hoje sair dos estabelecimentos prisionais onde se encontram para serem presentes na instrução. Ambos podiam ter prescindido de estar presentes mas preferiram assistir.

Ao Correio da Manhã, Ângela Rodrigues, mãe biológica da suspeita, diz não acreditar que esta seja um monstro. Diana foi adotada aos nove anos pela professora de físico-química. Nessa altura, a jovem que tem hoje 24 anos  já se encontrava numa instituição. A mulher, à mesma publicação, diz que os primeiros anos de Diana foram bastante difíceis e que foram abandonadas pelo progenitor. Já com um novo companheiro mas sem dinheiro para manter a filha perto de si, Ângela acabou por perder a guarda de Diana, embora tentasse «sempre ir lá vê-la [ à instituição ]».

A mulher recusa a ideia de ter abandonado a filha mas admite até que quando viu a notícia da morte de Amélia na televisão, não reconheceu a filha biológica. «Está diferente. Não parece a Diana pequenina, mas passaram muitos anos», diz.

Diana pede divórcio

Diana Fialho pede divórcio na cadeia e diz que foi o marido, Iuri Mata, que matou a mãe. A filha adotiva da professora do Montijo quer afastar-se do companheiro, que contou pormenorizadamente o crime às autoridades. À revista Maria, por carta, Diana confirma que o casamento acabou.

Iuri Mata é acusado de matar a sogra em conluio com a mulher, Diana Fialho. O suspeito descreveu à Polícia Judiciária a forma como mataram Maria Amélia Fialho e diz-se «aliviado» por poder contar a verdade.

O marido de Diana Fialho revelou que a companheira se queixava de estar farta da mãe. «A Diana disse-me: ‘Não aguento mais viver com a minha mãe. Vamos ter de pesquisar na internet maneiras de nos livrarmos dela’», avança o suspeito à mesma publicação.

Iuri Mata avança ainda que a mulher nunca mostrou arrependimento. «A primeira pancada do martelo na cabeça da Maria Amélia fui eu que dei. (…) Ainda pensei que tinha conseguido matá-la, mas a Diana disse: ‘Ainda está viva, continua a bater’», recorda Iuri Mata. A dada altura, Iuri perdeu a coragem: «Não fui capaz de voltar a bater com o martelo. Fiquei sem reação e ela tirou-me o martelo da mão e deu-lhe várias marteladas na cabeça. Parecia frustrada com a mãe».

A versão de Diana Fialho vem agora contradizer a de Iuri. A filha da professora garante, em sede de instrução, que é tudo mentira e que apenas ajudou o marido na ocultação do cadáver. No entanto, a jovem tinha confessado, anteriormente, às autoridades, estar envolvida na morte da mãe adotiva. Agora diz que foi obrigada pela PJ a assinar uma confissão.

O corpo da professora do Montijo foi encontrado num descampado em Pegões Velhos, a 40 quilómetros do Montijo. O corpo estava carbonizado e apenas se identificavam «os ossos da coluna, a caveira e um pé», recorda Manuel Caseiro, proprietário do terreno onde foi encontrado o corpo de Maria Amélia.

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