Eutanásia em referendo por proposta do Chega entregue no Parlamento

O Chega entregou hoje no parlamento um projeto com vista à realização de um referendo sobre a despenalização da morte medicamente assistida, a eutanásia, anunciou o líder do partido.

Eutanásia em referendo por proposta do Chega entregue no Parlamento

“O Chega deu hoje entrada na Assembleia da República de um projeto que espera que possa ser também discutido no dia 09 [de junho] e que formula um pedido para a realização de um referendo sobre esta matéria”, disse André Ventura aos jornalistas no final de uma reunião com a Federação Portuguesa Pela Vida, em Lisboa.

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A Assembleia da República vai debater no dia 09 de junho os novos projetos de lei relativos à eutanásia, na sequência de um agendamento potestativo do PS. O líder do Chega defendeu que “os deputados não estão mandatados para votar sobre esta matéria, porque nos programas eleitorais, sobretudo do partido que venceu as eleições, o PS, não é colocada a questão da legalização da eutanásia”.

“Por isso há aqui uma questão de falta de legitimidade que só se resolve com um referendo, é a única hipótese de haver aqui uma legitimidade por parte do legislador”, considerou. De acordo com o deputado, o Chega propõe que se pergunte aos portugueses “se a pessoa concorda com a despenalização da morte medicamente assistida ou do suicídio assistido, alterando por isso a legislação penal que neste momento penaliza essas circunstâncias”.

“A pergunta é uma pergunta objetiva, como aliás a lei manda, para não haver nenhuma tentação de influenciar o resultado […]. É uma pergunta objetiva, clara, não é para enganar ninguém, é para que os portugueses se possam manifestar sobre isto e para podermos ter um tempo de campanha sobre esta matéria, agora que há um quadro parlamentar estável acho que todos tínhamos a ganhar com isso e a sociedade ganhava com isso”, salientou.

Ventura espera que o referendo, a ser aprovado, possa realizar-se “no mais curto espaço de tempo possível”, mas reconheceu que tal poderá acontecer “provavelmente mais para o fim do ano”. “Este é um tema demasiado importante para ser feito em cima do joelho, para ser feito de forma atabalhoada e para ser feito sem critério. Portanto os meses que podemos perder para organizar um referendo certamente se justificarão pela importância que o tema tem”, defendeu.

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