Covid-19: OMS pede 20 milhões de euros para plano que quer evitar cinco milhões de mortes

A Organização Mundial da Saúde solicitou hoje um financiamento global de 23,4 biliões de dólares (cerca de 20 mil milhões de euros) para apoiar os países menos desenvolvidos a combater a pandemia, permitindo evitar cinco milhões de mortes.

Covid-19: OMS pede 20 milhões de euros para plano que quer evitar cinco milhões de mortes

A Organização Mundial da Saúde solicitou hoje um financiamento global de 23,4 biliões de dólares (cerca de 20 mil milhões de euros) para apoiar os países menos desenvolvidos a combater a pandemia, permitindo evitar cinco milhões de mortes. Este é o montante previsto para financiar o plano estratégico a desenvolver até setembro do próximo ano pela ACT-Accelerator (ACT-A), uma iniciativa global envolvendo várias entidades para acelerar o desenvolvimento, a produção e o acesso equitativo aos testes, aos tratamentos e às vacinas contra a covid-19.A Organização Mundial da Saúde solicitou hoje um financiamento global de 23,4 biliões de dólares (cerca de 20 mil milhões de euros) para apoiar os países menos desenvolvidos a combater a pandemia, permitindo evitar cinco milhões de mortes.

Em conferência de imprensa, o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) salientou que este plano é crucial para atingir as metas definidas para os países de baixo e médio rendimento, evitando pelo menos cinco milhões de mortes associadas à covid-19, recuperar a economia mundial e acelerar o fim da pandemia a nível mundial. “Fazer este investimento pode salvar mais de cinco milhões de vidas, principalmente, em países de baixo e médio rendimento. É uma gota no oceano em comparação com o custo de falhar em acabar com a pandemia”, salientou Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Financiamento permitirá apoiar a vacinação em 91 países de baixo rendimento

Até agora, segundo os dados da OMS, apenas 0,4% dos testes e 0,5% das vacinas administradas em todo o mundo foram utilizadas em países de baixo rendimento. O financiamento previsto permitirá, de acordo com o plano estratégico da ACT-A, apoiar a vacinação em 91 países de baixo rendimento, através do mecanismo Covax, contribuindo para atingir a meta global definida pela OMS de uma cobertura de 70% em todos os países até meados de 2022.

Além disso, a estratégia para os próximos 12 meses prevê o apoio a 144 países para atingirem uma taxa mínima de pelo menos um teste por 1.000 pessoas por dia e garantir a capacidade de sequenciamento genética suficiente para detetar rapidamente novas variantes de preocupação do coronavírus.

Está também previsto que 120 milhões de doentes de covid-19 em países de baixo e médio rendimento tenham acesso a tratamentos existentes e emergentes, incluindo oxigénio, assim como a disponibilização de equipamentos de proteção individual a 2,7 milhões de profissionais de saúde.

Até agora, o ACT-A já entregou mais de 425 milhões de doses de vacina a 144 países e territórios, através do Covax, reduziu para metade o custo dos testes rápidos da covid-19 e disponibilizou mais de 128 milhões de testes. Este mecanismo de colaboração foi lançado em abril de 2020 e integra, entre outras organizações, a OMS, a Aliança Global para as Vacinas (GAVI), o Banco Mundial e a Coalition for Epidemic Preparedness Innovations (CEPI).

A covid-19 provocou pelo menos 4.969.926 mortes em todo o mundo, entre mais de 244,94 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse. Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.149 pessoas e foram contabilizados 1.088.133 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde. A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

 

 

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