Governo israelita abre investigação por violência policial contra manifestantes

O ministério da Justiça de Israel anunciou hoje a abertura de um inquérito sobre a atuação das forças policiais contra os manifestantes que protestavam na noite de sábado em Telavive contra o Governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Governo israelita abre investigação por violência policial contra manifestantes

Em um dos vídeos difundidos nas redes sociais vê-se um polícia a cavalo que golpeia na cabeça um adulto durante a carga policial contra os participantes no protesto, que pediam a demissão de Netanyahu e um acordo para a libertação dos reféns israelitas retidos na Faixa de Gaza, informou o diário The Times of Israel.

A polícia também utilizou canhões de água contra os manifestantes pela primeira vez desde o ataque do Hamas em 07 de outubro em território israelita. Pelo menos 21 pessoas foram detidas e vários manifestantes ficaram feridos.

Uma unidade de assuntos internos vai investigar a atuação, apesar de a polícia ter referido que os manifestantes ignoraram a ordem dos agentes, bloquearam ruas e enfrentaram a polícia.

O líder da oposição, Yair Lapid, criticou a atuação policial “perigosa, antidemocrática e que não pode repetir-se”.

“O direito à manifestação é um direito fundamental e não pode ser retirado aos manifestantes com bastões e canhões de água”, advertiu.

Os protestos estão relacionados com as mobilizações contra a reforma judicial do Governo de Netanyahu, que terminaram após 07 de outubro. Agora foram retomadas com o apoio de familiares dos reféns, que exigem um acordo para a sua libertação.

O diário Yedioth Aharonoth indicou que entre os manifestantes atingidos pelo impacto dos canhões de água estão Einav Zangauker — mãe de Matan, um dos reféns retidos em Gaza –, e a sua noiva Ilana Gritzewsky, que esteve retida em Gaza 55 dias e foi libertada após um acordo com o Hamas.

PCR // CC

By Impala News / Lusa

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