Casal com dois filhos menores vive na rua após ser despejado em Alverca

Bruno Barros e Telma Seabra foram despejados da casa que arrendavam em Alverca a 8 de dezembro

Casal com dois filhos menores vive na rua após ser despejado em Alverca

Bruno Barros, de 41 anos, e Telma Seabra, de 33, foram despejados da casa que arrendavam em Alverca, Vila Franca de Xira, e, atualmente, vivem na rua.

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De acordo com declarações prestadas pelo casa com dois filhos de 12 e 14 anos ao jornal O Mirante, a renda de dezembro (200 euros) estava paga até ao final do mês. No entanto, a família foi despejada no passado dia 8 de dezembro sem qualquer aviso prévio por parte do senhorio.

«Ficámos sem casa e apenas com as roupas que tínhamos no corpo. Quando lá chegámos já não conseguimos entrar em casa e ele [o senhorio] recusou-se a abrir-nos a porta para podermos retirar os nossos pertences», começa por contar Telma.

Na altura, segundo a ex-inclina, o dono da propriedade terá a ameaçado na presença dos filhos. «Disse-me que se não saía a bem, saía a mal e que se fosse preciso me arrastava pelas escadas abaixo», recorda.

Segundo o casal, a PSP já interveio e agora já podem retirar as roupas, mobílias e outros objectos que tenham ficado na habitação com a ajuda das autoridades. Contudo, o casal não tem nenhum sítio onde deixar os seus bens, tendo em conta que está a viver na rua.

«Os meus filhos precisam de mim. Prefiro dormir na rua e estar perto deles»

Inicialmente Bruno e Telma, que deixaram os filhos com familiares em Vialonga, aceitaram o apoio da Segurança Social. O casal foi viver para Centro de Acolhimento de Emergência Social (CAES), em Lisboa, com apoio financeiro da entidade estatal para deslocações para irem trabalhar.

Mas no passado dia 28 de dezembro, Telma decidiu abandonar o abrigo pois não queria continuar afastada das crianças. Bruno apoiou a decisão da companheira e regressaram a Alverca sem casa.

«Os meus filhos precisam de mim. Prefiro dormir na rua e estar perto deles, do que estar numa instituição em Lisboa e não ter dinheiro para pagar os transportes para poder vê-los e acompanhá-los até à escola», explica Telma.

O casal dorme agora nas soleiras das portas e o dinheiro que consegue fazer é todo para as crianças e para a sua sobrevivência. Bruno é funcionário da OGMA e recebe 700 euros de ordenado, Telma faz serviços de limpeza através de uma empresa de trabalho temporário, mas encontra-se atualmente desempregada.

O casal, que anda à procura de casa, garante que só tem encontrado habitações cujas rendas rondam os 400/450 euros, o que está muito para lá do que conseguem pagar por mês por uma casa.

O Portal de Notícias da Impala contactou a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira que afirmou não ter de momento qualquer informação adicional sobre o caso.

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