Campanha europeia quer acelerar fim do carvão na produção de eletricidade

Vinte e oito países lançam campanha para acelerar o fim do uso do carvão, alertando que responsabilidade de cerca de 19.500 mortes prematuras, em 2015, foi de centrais termoelétricas.

Campanha europeia quer acelerar fim do carvão na produção de eletricidade

Organizações de 28 países, incluindo Portugal, lançam hoje uma campanha para acelerar o fim do uso do carvão na produção de eletricidade, alertando que as centrais termoelétricas europeias foram responsáveis por cerca de 19.500 mortes prematuras, em 2015.

A iniciativa “A Europa após o carvão” (Europe Beyond Coal), divulgada em Portugal pela Associação Sistema Terrestre Sustentável, Zero, pretende combater o agravamento dos impactos das alterações climáticas e da poluição do ar e é apresentada como “uma enorme campanha coletiva para acelerar a retirada do uso de carvão na produção de eletricidade em toda a Europa e promover a energia renovável limpa”.

Sublinhando a urgência da mudança, as organizações referem que a análise recente do impacto na saúde divulgada pela campanha mostra que, em 2015, “o conjunto das centrais a carvão na União Europeia foi responsável por aproximadamente 19.500 mortes prematuras e 10.000 casos de bronquite crónica em adultos”.

Também salientam que “os custos para a saúde associados ao uso do carvão são igualmente surpreendentes, ascendendo até 54 mil milhões de euros”. Está a ser preparada uma situação que permita que “a Europa esteja livre do carvão até 2030, e a sociedade civil está a trabalhar em conjunto para que isso aconteça e aconteça mais cedo”, segundo a diretora da campanha “Europe Beyond Coal”, Kathrin Gutmann, citada pela Zero.

“Para que as nações cumpram os seus compromissos ao abrigo do acordo climático de Paris e protejam o bem-estar de seus cidadãos, as centrais térmicas a carvão precisam de ser encerradas muito mais rápido do que está a acontecer. Uma central a carvão em qualquer país é uma responsabilidade para toda a Europa e para o nosso planeta como um todo”, acrescenta.

A coligação de organizações apela aos governos, cidades, empresas, bancos e investidores para que definam os seus planos para terminar o uso de carvão antes da reunião da ONU para o clima em 2018 (COP24), que será em Katowice, na Polónia.

A reunião climática da ONU deste ano, a COP23, que começa em Bona, na Alemanha, na segunda-feira, “é uma excelente oportunidade para compromissos adicionais e ambiciosos para eliminar o uso do carvão”, defendem.

Desde 2016, as organizações da coligação “Europa após o carvão” ajudaram a retirar 16 centrais a carvão em toda a Europa e, “de acordo com os governos, há 39 centrais com encerramento previsto na Holanda, Reino Unido, Finlândia, França, Portugal e Itália”, o que devia acontecer até 2030, “o mais tardar”.

A campanha está tentar acelerar o encerramento das restantes 293 centrais da Europa

No sábado, passa um ano da entrada em vigor do Acordo de Paris, conseguido em dezembro de 2015 e assinado por vários países a 04 de novembro de 2016, com o objetivo de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa de modo a limitar a subida da temperatura média do planeta a 2º Celsius, ou 1,5ºC.

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