SAD do Benfica considera «absurda e injustificada» acusação do MP no caso e-toupeira

A SAD do Benfica reiterou a inexistência de factos que justifiquem a acusação do Ministério Público (MP) no caso “e-toupeira” e prometeu reagir para “desmontar” as “absurdas e injustificadas imputações”.

SAD do Benfica considera «absurda e injustificada» acusação do MP no caso e-toupeira

«Mantemos a firmeza e a clareza da nossa posição, anunciada logo que foi dado conhecimento público desta situação, quanto à inexistência de factos que justifiquem qualquer acusação no âmbito deste processo», refere um comunicado disponibilizado no sítio na Internet do Benfica e intitulado «Absurda e injustificada acusação». O MP acusou dois funcionários judiciais, a SAD do benfiquista e um seu colaborador de vários crimes, incluindo corrupção, favorecimento pessoal, peculato e falsidade informática, no caso e-toupeira.

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Segundo informação da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), o MP «requereu o julgamento em tribunal coletivo por factos apurados no âmbito do inquérito referente aos acessos ao sistema CITIUS», conhecido por e-toupeira. «A acusação foi deduzida contra quatro arguidos: dois funcionários judiciais (um deles observador de arbitragem), um colaborador de sociedade anónima desportiva e uma pessoa coletiva (sociedade anónima desportiva)», adianta a PGDL.

Este processo envolve o assessor jurídico do Benfica, Paulo Gonçalves, que foi constituído arguido. Na nota, a SAD ‘encarnada’ começa por apontar «o insólito e lamentável facto de ser emitido um comunicado» da PGDL «a enunciar o termo da acusação, sem notificação e o conhecimento do conteúdo pelas partes envolvidas». «Informamos que iremos reagir, logo que tenhamos conhecimento dos termos concretos da acusação, com total rigor e firmeza no sentido de desmontar as absurdas e injustificadas imputações do Ministério Público, o que será feito, estamos certos, ao longo deste processo», refere ainda.

SAD do Benfica reafirma que não teve «contacto ou conhecimento sobre os factos imputados»

Na nota, a SAD reafirma, «perante todos os milhões de sócios, adeptos e simpatizantes do Sport Lisboa e Benfica», a «total convicção de que no fim a lei prevalecerá e será provado que nenhum elemento da administração» da SAD «teve qualquer tipo de contacto ou conhecimento sobre os factos imputados neste processo». «Factos que versam, afinal, sobre uma matéria sobre a qual, se alguém tem sido vítima, trata-se precisamente do Benfica. Vítima de violação sistemática do segredo de justiça e de arbitrariedade de decisões que merecem da nossa parte o mais forte repúdio e resposta compatível nas instâncias legais», acrescenta a nota, assinada pelo conselho de administração do Benfica.

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Segundo a PGDL, em causa estão os «crimes de corrupção passiva (e pena acessória de proibição do exercício de função), corrupção ativa e oferta ou recebimento indevido de vantagem (e na pena acessória relativa ao regime de responsabilidade penal por comportamentos suscetíveis de afetar a verdade, a lealdade e a correção da competição e do seu resultado na atividade desportiva)». «Favorecimento pessoal, violação do segredo de justiça, violação de segredo por funcionário, peculato, acesso indevido, violação do dever de sigilo e falsidade informática» são os outros crimes imputados aos acusados.

Funcionários de justiça terão «transmitindo as informações relevantes ao arguido colaborador da SAD» do Benfica

Segundo a mesma nota, «ficou suficientemente indiciado que os arguidos com a qualidade de funcionários de justiça, pelo menos desde março de 2017, acederam a processos-crime pendentes no DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] de Lisboa e do Porto e em outros tribunais, transmitindo as informações relevantes ao arguido colaborador da SAD, fazendo-o de acordo com a solicitação do mesmo e em benefício da mesma sociedade».

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