Luís Filipe Vieira teve cúmplices no Benfica para vender ações a John Textor

O Benfica abriu um inquérito interno para averiguar o possível envolvimento de dois colaboradores num eventual negócio de transação de ações da SAD.

Luís Filipe Vieira teve cúmplices no Benfica para vender ações a John Textor

O Benfica abriu um inquérito interno para averiguar o possível envolvimento de dois colaboradores Hugo Ribeiro e Carlos Janela, respetivamente diretor do Departamento Internacional do Benfica e assessor de comunicação da Benfica SAD – num eventual negócio de transação de ações da SAD. “Tendo em conta as recentes notícias vindas a público, o Sport Lisboa e Benfica informa que vai iniciar, de imediato, um processo de averiguação interno quanto ao possível envolvimento de dois colaboradores seus num alegado negócio respeitante à transação de participações qualificadas da sua SAD”, refere o clube no site oficial.

De acordo com uma notícia publicada pelo jornal Nascer do Sol, o antigo presidente Luís Filipe Vieira terá contado com a ajuda de dois colaboradores do clube, a quem terá prometido elevadas comissões no negócio, para reunir secretamente 25% do capital da SAD, com o objetivo de venda ao empresário norte-americano John Textor. O norte-americano encontrou-se, entretanto, nesta quinta-feira, com a nova direção do Benfica, presidida por ex-futebolista Rui Costa, e reiterou a vontade de participar na vida do clube, que gostaria de ver cotado na bolsa de Nova Iorque. “O encontro decorreu de forma cordial e o sr. John Textor ficou de enviar informação adicional sobre as intenções que tem para o Benfica, para posteriormente serem objeto de avaliação e análise por parte da direção. Não está prevista, por agora, qualquer nova reunião com o sr. John Textor”, informou o Benfica.

Rei dos Frangos e Textor têm acordo

O empresário celebrou um acordo com o português José António dos Santos, maior acionista individual da SAD ‘encarnada’, para aquisição de 25% do seu capital social, facto comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), já depois de Luís Filipe Vieira ter sido detido em julho. No processo designado Cartão Vermelho, o antigo presidente do Benfica, que teve de prestar uma caução de três milhões de euros, está indiciado por abuso de confiança, burla qualificada, falsificação de documentos, branqueamento de capitais, fraude fiscal e abuso de informação, numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado, SAD do Benfica e Novo Banco.

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