Morre criança que dependia de luz para viver e cuja família foi desalojada

Morre criança que dependia de luz para viver e cuja família foi desalojada. Empresa de eletricidade cortou o serviço e Valentino não sobreviveu.

Morreu a criança que dependia de luz para viver e cuja família foi ameaçada de despejo. A empresa de eletricidade cortou, esta segunda-feira (dia 2 de junho), o serviço e Valentino não sobreviveu.

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O drama já durava há várias semanas, com pedidos e apelos desesperados da mãe do menino para que a empresa Edesur, da Argentina, chegasse a acordo para o pagamento da dívida.

A família estava também a lutar para evitar o despejo, por falta de pagamento da renda. As dívidas acumularam-se com as despesas de saúde da criança que dependia de luz para sobreviver que a família enfrentou.

Atingido por fragmentos de vidro, Valentino sofreu uma lesão no coração que o deixou numa condição em que dependia de luz para sobreviver

Valentino, do bairro Villa Centenario, na Argentina, sofreu uma lesão num ventrículo do coração, após ter sido atingido por fragmentos de vidro. A falta de oxigenação no cérebro provocou-lhe paralisia cerebral.

A mãe, Mariana Medina, de 32 anos, encetou uma dura luta para dar a melhor qualidade de vida possível ao filho, dependente de uma máquina para respirar.

Às 07h00 do passado dia 2, a progenitora cruzou-se com os funcionários da empresa de eletricidade. Estes informaram-na de que iriam cortar o serviço.

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Mariana implorou por mais tempo, mas nada demoveu os responsáveis da empresa. Alegaram que o corte não se devia à falta de pagamento, mas sim à necessidade de uma intervenção no bairro.

O corte foi feito e Valentino resistiu apenas duas horas, falecendo às 9h10. A empresa, duramente criticada pelos argentinos e por membros do Governo, justificou-se em comunicado.

«A cidadã tinha uma dívida de 60 mil pesos (cerca de 2 mil euros), pelo que se faziam pequenos cortes programados», justifica a fornecedora de eletricidade

«A cidadã tinha uma dívida de 60 mil pesos (cerca de 2 mil euros). Pelo que se faziam pequenos cortes programados, sem colocar a vida da criança em risco. Desconhecíamos a condição de saúde do menino e estamos profundamente consternados com esta situação», pode ler-se no documento.

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Contudo, a mãe da criança tem em sua posse várias cartas e e-mail enviados, onde explica a situação do filho e implora por mais tempo para saldar a dívida.

Em maio de 2017, o Governo argentino aprovou uma lei que estabelece a garantia do serviço de eletricidade para os cidadãos dependentes de máquinas de suporte de vida. Que a empresa não cumpriu e deverá agora ter de responder na Justiça por isso.

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