São roubados 20 catalisadores por dia em Portugal

Preço dos metais raros faz disparar roubos de catalisadores automóveis. Fenómeno aumento de 585% entre o ano passado e 2020. Ladrões preferem carros mais antigos, pois têm mais metais. Assaltam até em pleno dia.

São roubados 20 catalisadores por dia em Portugal

São roubados à volta de 20 catalisadores por dia em Portugal. Só no ano passado 6926 portugueses ficaram sem catalisador no carro (contra 1011 em 2020, um aumento de 585%). Um recorde que é explicados pelos especialistas com o aumento da cotação do preço dos metais raros que integram aquela peça, avança o JN.

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Ladrões preferem carros dos anos 90

Os carros mais antigos são os mais visados, pois os conversores têm maior quantidade de metais raros (platina, ródio e paládio), cujo elevado preço explica esta onda de assalto. Os alvos são “maioritariamente veículos com matrículas dos anos 90 e da primeira década deste século, a gasolina”, diz a GNR. E quanto mais potente for o carro, maior terá de ser o catalisador e, consequentemente, mais gramas de paládio, platina e ródio terão de ser integrados no filtro.

O modo de atuação dos assaltantes envolve, por regra, no mínimo dois indivíduos, que se fazem transportar numa viatura. “Estacionam à frente, na traseira ou, em último caso, paralelamente ao veículo que será alvo do furto, ficando um dos indivíduos a controlar os movimentos. Através de um macaco hidráulico, o veículo é levantado e o segundo homem posiciona-se sob o veículo para cortar o catalisador, através de uma serra de sabre sem fios ou ferramenta idêntica. Se não houver interrupções, pode demorar apenas cerca de dois minutos”, explica a GNR.

Apesar de alguns conversores chegarem a oficinas para serem montados noutras viaturas, “a grande maioria é desmantelada”. A expressão do fenómeno levou a PSP, em 2020, a criar as Equipas Regionais de Investigação à Criminalidade Automóvel, para “análise das ocorrências, tendências da criminalidade reportada e das metodologias de furto”.

 

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