Xarope para a tosse é a nova droga da noite de Lisboa

Pruple drank, que tem por base um xarope para a tosse, é a nova droga da moda que está a dar que falar em Lisboa e um pouco por todo o mundo.

Xarope para a tosse é a nova droga da noite de Lisboa

Existe uma nova droga que tem vindo a ganhar protagonismo na noite de Lisboa. E que poderá surpreender algumas pessoas já que estamos a falar de um xarope para a tosse. O medicamento em causa é o Toseína, utilizado em casos de tosse seca e persistente. E que tem como principal agente ativo a codeína. Que é um analgésico derivado da morfina. Sendo que este leva à dependência quando usado de forma regular.

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A droga dá pelo nome de purple drank ou lean. E consiste em misturar altas doses do xarope para a tosse com refrigerantes. O que se traduz num efeito em tudo semelhante ao da heroína, só que com uma maior lentidão. Tal como acontece em Lisboa (e noutras zonas do País) esta é uma droga que está a ganhar popularidade à escala mundial.

Franceses detidos em Lisboa

Na última segunda-feira (22), as autoridades portuguesas detiveram dois cidadãos franceses, ambos de 25 anos, que, com recurso a receitas falsas, conseguiram comprar 180 embalagens de Toseína. Que posteriormente foram enviadas para França. Os suspeitos foram apanhados em flagrante delito, em Lisboa. Isto depois de terem sido acompanhados durante milhares de quilómetros durante quatro dias. Tempo em que chegaram a acabar com o stock de diversas farmácias, como aconteceu no Algarve. E sempre com a mesma receita.

Como funcionava o esquema?

Este xarope para a tosse só pode ser vendido com recurso a uma receita médica. Algo que os suspeitos conseguiram obter através de uma teleconsulta com uma especialistas de uma clínica de Lisboa. A receita original dava apenas para duas embalagens. Só que foi sendo adulterada no que às quantidades diz respeito.

Qualquer receita do Serviço Nacional de Saúde fica inutilizada assim que aviada numa qualquer farmácia. Só que os suspeitos conseguiram contornar esta situação. Sendo estrangeiros, não têm número de utente português. O que faz com que o rastreamento da receita seja bastante complicado, para não dizer impossível. E como tinha sido prescrita de forma manual, não era dada como aviada no sistema informático da rede de farmácias nacionais. Era algo que acontecia apenas farmácia a farmácia. Os suspeitos estão em prisão preventiva, acusados do tráfico de droga e falsificação de medicamentos.

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Texto: Bruno Seruca
Fotos: Shutterstock

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