Perde ovários, útero e dedos dos pés após colocar um DIU [vídeo]

Começou a sentir dores fortes três anos depois de colocar um DIU (dispositivo intrauterino). Sofreu uma infeção grave e perdeu os ovários e o útero.

Tanai Smith, de 25 anos, natural de Maryland, EUA, decidiu colocar um DIU, um dispositivo anticoncetivo, seis semanas após o nascimento da filha, em 2015. Três anos depois da sua colocação, começou a sentir dores de estômago muito fortes. Foi ao hospital e o médico não conseguiu detetar o dispositivo. Fez vários exames, mas o DIU tinha «desaparecido». Depois de vários dias sob observação e para fazer exames mais profundos, o objeto foi encontrado no fígado da jovem. Devido a uma complicação rara, o DIU deslocou-se para o estômago. «Disseram-me que tinham de me operar porque não tinham como o tirar sem ser com uma cirurgia. O ginecologista garantiu-me que me cortaram na zona do umbigo e que usariam um endoscópio para tirar o DIU», recorda Taini Smith.

Aparelho DIU desfez-se em pedaços e uma parte alojou-se no fígado

Quando acordou da cirurgia, foi informada de que o aparelho se tinha desfeito em pedaços e que uma parte se tinha alojado no fígado. Três dias depois da intervenção, a jovem recebeu alta e regressou à sua rotina. Algo que acabou por durar pouco tempo. «Estava a trabalhar e senti dores dilacerantes. Uma amiga levou-me às urgências e, a partir daí, a minha vida mudou», relata a mulher. Tanai Smith tinha uma grave hemorragia interna e correu risco de vida. «Estava a sangrar internamente. Foi-me dito que os meus ovários estavam negros e que tinham que me extrair o útero. Depois, sofri um choque sético. Estava convencida de que ia morrer. Foi Deus quem me manteve viva», conta a jovem.

Vida da mulher mudou radicalmente e levou-a a «uma depressão grave»

Tanai Smith sofreu ainda com a amputação dos dedos dos dois pés. A vida da mulher mudou radicalmente e levou-a a «uma depressão grave». «Os primeiros meses foram difíceis. O mais complicado foi saber que não poderia ter mais filhos e que a minha menina não iria ter irmãos. Tive de aprender a andar e a viver com a menopausa, com todas as alterações hormonais» que essa condição implica. «Mas decidi contar a minha história para servir de alerta a outras mulheres. Se colocarem um DIU, não fiquem anos sem saber se está tudo bem. Façam consultas de rotina», conclui. Foi criada uma página no site Go Fund Me, a pedir a ajuda de todos para fazer face às despesas médica. Até à data, foram angariados cerca de 4.250 euros. O objetivo dos familiares e amigos de Tanai Smith é chegar aos 10 mil, de forma a pagar a totalidade da despesa hospitalar.

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