Noivos desistem do casamento à última hora e tornam-se padre e freira

Ângelo e Paula estiveram 9 anos noivos, mas desistiram do casamento praticamente no altar. Tinham um outro amor mais forte e acabaram por ‘casarem-se’ com Deus.

Não termina como se esperava, mas tem um final feliz. Diferente, inesperado, mas feliz. Noivos durante 9 anos, com tudo pronto para o casamento, decidiram que as vocações deles eram outras. Ele queria ser padre e ela freira. Decidiram seguir o coração, que batia mais pelo Senhor do que por qualquer uma das caras-metade. E assim foi.

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Ângelo e Paula conheceram-se na paróquia de Portici, na província de Nápoles, em Itália, quando ele tinha 16 anos e ela 15. Apaixonaram-se. Tudo se transformou, porém, quando numa missa, descobriram que estavam destinados à Igreja. Primeiro, Ângelo foi ordenado padre. Logo depois, Paula ingressou como freira de clausura da ordem das Carmelita Descalças, com o nome de Irmã Maria Giuseppina do Amor Encarnado.

“Os nossos anos de noivado passaram rapidamente até ao dia em que o jovem vice-curador Don Michele Madonna chegou à paróquia, perto da casa de Paula e nos apresentou ao ‘Jesus vivo'”, conta Ângelo. Segundo o padre, Don Michele repetia sempre a mesma frase, que nunca lhe saiu da cabeça. “Meninos, perguntem a Deus o que ele pensou para vocês. Qual é o sonho dele para cada um de vocês.”

Do casamento para o convento

A partir daí, o casal passou a refletir sobre o tema. Foi “um longo processo”, de acordo com Paulo, “principalmente para a Paula”. “Virou-se tudo de cabeça para baixo, para mim. Continuei a minha vida, a trabalhar como eletricista industrial, mas, no fundo, tornei-me cada vez mais inquieto”, diz. “Nada tinha a graça de outrora. Parecia que nada era suficiente para mim. Eu tinha tudo, mas não era feliz.”

Para Paula, do ‘chamamento do Senhor’ à tomada de decisão “foi um processo de aceitação mais demorado”. “Ela não conseguia dizer ‘sim’ ao Senhor. Em outubro, porém, Deus superou os obstáculos e Paula deixou-se, concluindo definitivamente a nossa história”, relata Ângelo. Ordenado em 2016, aos 33 anos, Ângelo passou por uma experiência de apostolado na missão católica de Wuppertal, na Alemanha. Hoje, dedica-se ao serviço pastoral às comunidades italianas.

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Ao passar por Nápoles, diz que visita sempre o convento onde está Paula, hoje chamada pelo nome religioso e tratada de forma bastante formal. “Sempre que estou em Nápoles, vou ao convento ver a Irmã Maria Giuseppina. A história não mudou muito. Quando estávamos noivos, recebia sermões dela. E hoje nada se alterou. Os sermões são de outra natureza, mas não deixam de ser sermões”, ironiza.

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