Ana Beatryz Moura da Silva é uma menina brasileira que precisa de um transplante de coração para sobreviver. A criança de 13 anos sofre cardiopatia congénita – a cardiopatia congênita é uma anormalidade na estrutura do seu coração presente antes do nascimento. Depois de ter passado por uma cirurgia ao coração e ter sofrido cinco paragens cardíacas, a menor, residente em Santa Cataria, encontra-se atualmente em estado grave em coma induzido.

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«Recém-nascida, ela passava muito mal, tinha dificuldade em ganhar peso e não mamava. Cansava-se muito rápido e era pálida. Descobrimos o problema cardíaco numa consulta no Hospital Materno Infantil de Brasília [Hmib] quando tinha 13 meses», conta Patrícia, a mãe da Bia, como é carinhosamente chamada pela família, ao jornal Metrópoles.

Em 2015, com apenas quatro meses, a menina foi submetida a uma intervenção cirúrgica ao coração. «A minha bebé ficou com o coração muito debilitado e precisou de suporte de uma máquina chamada Extracorporeal Membrane Oxygenation [ECMO], que funciona como um coração e um pulmão artificiais. Na altura, ela foi a primeira criança a passar por este equipamento em toda a Região Centro-Oeste», recorda a progenitora.

Após a cirurgia e três meses de internamento, Bia voltou para casa, onde viveu até agosto do presente ano. Apesar de sempre ter tido acompanhamento médico e limitações físicas, a menor necessitou de ser operada ao coração novamente, pois este encontrava-se debilitado outra vez.

«A intervenção ocorreu há exatamente dois meses. Depois de sete dias com o suporte da máquina, Bia voltou para o quarto e teve alta. Para a nossa surpresa, após 15 dias em casa, ela apresentou uma descompensação cardíaca e tivemos que voltar para a unidade de saúde», continua a explicar Patrícia.

No passado dia 16 de outubro, o estado de saúde de Bia piorou de uma forma galopante. A menina acabou por ter cinco paragens cardíacas e foi colocada em coma induzido. Para sobreviver, a criança precisa de um coração novo.

Bia encontra-se atualmente à espera de uma doação para ser realizado o transplante. No entanto, é difícil encontrar um doador. «Ainda não chegou o resultado de um dos exames principais que permite que Bia entre na lista de transplantes. Assim que a minha filha for listada, sei que será prioridade nacional. Tem que correr tudo bem», desabafa a mãe. «Esse é um ato de amor ao próximo, para ajudar quem tanto precisa», apela.

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