Mais de 150 agentes da justiça participaram na detenção de Luís Filipe Vieira

Luís Filipe Vieira foi detido numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros com prejuízos para o Estado.

Mais de 150 agentes da justiça participaram na detenção de Luís Filipe Vieira

O presidente do Benfica e empresário Luís Filipe Vieira foi hoje detido numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros com prejuízos para o Estado, garante fonte ligada ao processo citada pela Lusa. Uma nota do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) indica que foram detidos um dirigente desportivo, dois empresários e um agente do futebol e realizados cerca de 45 mandados de busca a sociedades, residências, escritórios de advogados e uma instituição bancária, em Lisboa, Torres Vedras e Braga.

Além de Vieira, foram detidos o filho, Tiago Vieira, José António dos Santos, conhecido por “Rei dos frangos”, e Bruno Macedo, empresário de Braga ligado ao futebol.

No comunicado do DCIAP, é indicado que os detidos são suspeitos de estarem envolvidos em “negócios e financiamentos em montante total superior a 100 milhões de euros, que poderão ter acarretado elevados prejuízos para o Estado e para algumas das sociedades”. Em causa, adianta, estão “factos ocorridos, essencialmente, a partir de 2014 e até ao presente” e suscetíveis de serem “crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento”.

Medidas coação aplicadas a Luís Filipe Vieira “diferentes do termo de identidade e residência”

Está previsto que os quatro detidos sejam presentes nesta quinta-feira a primeiro interrogatório judicial com vista à aplicação de medidas coação, “com vista a acautelar a prova, evitar ausências de arguidos e prevenir a consumação de atuações suspeitas”. “Os detidos serão presentes, previsivelmente no decurso do dia de amanhã [8 de julho], a primeiro interrogatório judicial com vista à aplicação, considerando a gravidade dos crimes e as exigências cautelares, de medidas coação diferentes do termo de identidade e residência.”

No cumprimento dos mandados para inquérito, que está em segredo de justiça, participaram 66 Inspetores Tributários, sendo 25 da Direção de Finanças de Braga, 8 da Direção de Finanças do Porto, 26 da Direção de Finanças de Lisboa e 2 da Direção de Serviços de Investigação da Fraude e de Ações Especiais (DSIFAE), para além de 9 elementos do Núcleo de Informática Forense desta Direção. Na operação “participaram ainda 4 magistrados do Ministério Público, 3 Juízes de Instrução Criminal e 74 polícias da PSP, 9 dos quais a exercerem funções no DCIAP”, totalizando 156 agentes da justiça.

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