Assinado acordo com Itália que prevê apoio militar à Ucrânia

A primeira-ministra italiana assinou hoje um acordo de segurança com a Ucrânia e garantiu a continuação do apoio ao direito de defesa dos ucranianos, o que “pressupõe necessariamente também um apoio militar”, noticiou a EFE.

Assinado acordo com Itália que prevê apoio militar à Ucrânia

As declarações de Giorgia Meloni foram feitas durante uma conferência de imprensa, em Kiev, aonde se deslocou para presidir à reunião do G7 (grupo dos sete países mais industrializados), no segundo aniversário do início da invasão russa da Ucrânia.

Meloni confirmou a assinatura de um acordo de garantias de segurança com a Ucrânia que “tem uma duração de 10 anos e é o pacto mais completo e importante assinado com um país não pertencente à NATO” (sigla em inglês da Organização do Tratado do Atlântico Norte).

A governante adiantou que o acordo é semelhante aos que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já celebrou com o Reino Unido, a Alemanha, a França e a Dinamarca, mas não deu pormenores sobre o montante envolvido.

“Continuamos a apoiar a Ucrânia naquilo que sempre considerei ser o direito do seu povo a defender-se. Isto pressupõe necessariamente apoio militar, pelo que confundir a palavra paz, tão utilizada, com rendição, como alguns fazem, é uma abordagem hipócrita que nunca partilharemos”, sublinhou Meloni.

A primeira-ministra italiana participou numa conferência de imprensa conjunta com Zelensky, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, e o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, que chegaram juntos à capital ucraniana num comboio noturno.

Nos acordos de segurança a longo prazo assinados pela Ucrânia com países europeus, estes últimos comprometem-se a prestar assistência militar e de outro tipo à Ucrânia durante a próxima década, para que Kiev possa fazer face à agressão russa.

“É necessária uma abordagem de 360º que ajude a Ucrânia a olhar para o futuro. Estou a pensar em cooperação no setor industrial, cooperação económica em infraestruturas críticas e energia, apoio humanitário. Com a assinatura de hoje, reafirmo que a Itália continuará a garantir o apoio necessário à liberdade e independência de uma nação sob ataque, ajudando-a, juntamente com o resto da comunidade internacional, a construir o seu futuro”, realçou Meloni.

A Itália, acrescentou, “está pronta a desempenhar um papel de liderança no domínio da reconstrução”, e fá-lo-á durante a Presidência do G7 e em 2025.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a II Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armamento a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

O conflito, que entra agora no terceiro ano, provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, e um número por determinar de vítimas civis e militares.

FC // ROC

By Impala News / Lusa

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