André Ventura vê papel na política como «missão de Deus»

O líder do partido Chega explica as ideologias do partido, que conseguiu um lugar no parlamento após as legislativas, em outubro.

André Ventura vê papel na política como «missão de Deus»

André Ventura esteve no programa Você na TV!, da TVI, desta terça-feira, 12 de novembro, e revelou sentir que vê a política como uma «missão de Deus». «Tenho uma paixão enorme pela política. Vejo a política quase como uma missão religiosa. Sinto que é uma espécie de missão de Deus, nunca vou desistir», explica o líder do partido Chega.

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Acusado de liderar um partido de extrema direita, André Ventura refere que tem apenas o objetivo «de tocar nas feridas do sistema» e garante não ser adepto de radicalismos. «Vivemos tempos de bipolarização. Eu espero contribuir com o debate. O Chega conseguiu neutralizar forças de extrema-esquerda. Durante anos existiu o PC, o BE e agora, o Livre, a fazerem o que querem. O Chega não vai apoiar nunca ditadores, nunca vamos estar de lados que oprimem», garante.

Quanto à entrada no Parlamento, o rosto do Chega garante que se sentiu nervoso devido «à hostilidade» de alguns deputados. «Eventualmente sim [estava nervoso] embora estivesse já mentalizado que ia ser dificil porque sentia já bastante hostilidade dos outros deputados. Sabia que uma parte do país não me queria aqui. Mas deu-me força», garante.

André Ventura é contra o casamento homossexual, mas não contra a homossexualidade

O líder do Chega não concorda com o direito ao casamento homossexual, mas garante nada ter contra a orientação sexual de cada um. «Não concordamos com a ideia do casamento, o regime. A união deve estar definida com uma equiparação do termo. Para nós é mais simbólica», assegura. E acrescenta: « Se lhe disser a quantidade de amigos próximos homossexuais que tenho, não vai acreditar. É um imbecilidade total reduzir as pessoas a isso.»

«Desde que aceitei o cargo de deputado, não aceito convites para ver um jogo»

A relação com o Benfica tem estado no centro das atenções desde que concorreu para o cargo de deputado, mas André Ventura garante que política e futebol não se misturam. «Como sabe sou amigo do presidente do Benfica e fui o primeiro a dizer que se o Benfica fosse condenado por corrupção, tinha de sair do cargo. Não havia hipótese», garante.

«Desde que assumi o cargo de deputado, não aceito convites para ver um jogo de futebol. Desde que assumi função aqui na Assembleia da República disse que futebol e política têm de estar afastados e não irei lá mais», afirma, revelando que ser comentador desportivo é algo «completamente diferente».

Texto: Sílvia Abreu

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