Ucrânia: UE aprova mais 500 ME em armas antecipando ofensiva russa a leste

O Conselho da União Europeia aprovou hoje mais uma assistência de 500 milhões de euros para aquisição e fornecimento de armamento às Forças Armadas ucranianas.

Ucrânia: UE aprova mais 500 ME em armas antecipando ofensiva russa a leste

O Conselho da União Europeia (UE) aprovou hoje mais uma assistência de 500 milhões de euros para aquisição e fornecimento de armamento às Forças Armadas ucranianas, considerado crucial face à anunciada ofensiva russa no leste da Ucrânia. Este novo pacote de ajuda junta-se àqueles, do mesmo montante, acordados pelos Estados-membros em 28 de fevereiro e 23 de março passados, ascendendo assim a 1,5 mil milhões de euros os recursos já mobilizados ao abrigo do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz para apoiar as forças ucranianas, naquela que é a primeira vez na história que a UE financia o fornecimento de armamento a um país terceiro.

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“Com estes novos 500 milhões de euros adicionais, a UE atribuiu um total de 1,5 mil milhões de euros para apoiar o fornecimento de equipamento militar dos Estados-membros da UE às Forças Armadas ucranianas. As próximas semanas serão decisivas. Enquanto a Rússia se prepara para uma ofensiva no leste da Ucrânia, é crucial que continuemos e intensifiquemos o nosso apoio militar à Ucrânia para defender o seu território e população e evitar mais sofrimento”, comentou hoje o Alto Representante da União para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell. Em comunicado, o Conselho aponta que esta nova assistência de 500 milhões de euros financiará o fornecimento às Forças Armadas ucranianas, pelos Estados-membros da UE, de equipamento de proteção pessoal, ‘kits’ de primeiros socorros e combustível, assim como equipamento militar concebido para fornecer força letal para fins defensivos.

As autoridades ucranianas têm reclamado o envio urgente de armamento suplementar para fazerem face à agressão militar russa, numa altura em que é esperada uma ofensiva de grande envergadura no leste do país, na região do Donbass. Paralelamente, muitos Estados-membros da UE têm disponibilizado equipamento militar à Ucrânia, numa base bilateral. Na segunda-feira, através de uma nota informativa publicada na rede social Twitter, a ministra da Defesa, Helena Carreiras, anunciou que Portugal vai enviar “em breve” mais de 99 toneladas de material médico e militar para a Ucrânia. Numa publicação ilustrada com uma fotografia na qual a ministra aparece junto da embaixadora da Ucrânia em Portugal, Inna Ohnivets, podia ler-se que é reafirmado “o apoio de Portugal à resistência dos ucranianos contra a agressão da Rússia”.

Na semana anterior, o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, havia dito, à chegada a uma reunião da NATO, em Bruxelas, que Portugal já enviou entre 60 e 70 toneladas de material de guerra para a Ucrânia e enviaria mais “num futuro próximo”, correspondendo ao apelo do chefe da diplomacia ucraniano, Dmytro Kuleba, que à chegada a essa reunião da Aliança Atlântica pediu “armas, armas e armas”. A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior. A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 4,6 milhões das quais para os países vizinhos. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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