Ucrânia: Pelo menos 227 civis mortos, incluindo 15 crianças, e 525 feridos

Pelo menos 227 civis, incluindo 15 crianças, foram mortos e outros 525 ficaram feridos na invasão da Rússia, indica o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários.

Ucrânia: Pelo menos 227 civis mortos, incluindo 15 crianças, e 525 feridos

Pelo menos 227 civis, incluindo 15 crianças, foram mortos e outros 525 ficaram feridos na invasão da Rússia à Ucrânia. Indica um comunicado do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA). Segundo o OCHA, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos já contabilizou 227 civis mortos, incluindo 15 crianças, e outros 525 feridos. Dos quais 28 menores, na Ucrânia desde o início do conflito armado.

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O Alto Comissariado assinalou que este balanço supera o das vítimas civis da guerra no leste da Ucrânia entre separatistas pró-russos e forças ucranianas em 2014. Que deixou 136 mortos e 577 feridos. Admite que os números, até agora, podem estar subestimados. Visto que contabilizam apenas as baixas confirmadas. E utilizam uma metodologia bastante rigorosa. As autoridades ucranianas apresentaram números muito mais altos de mortos e feridos neste conflito armado. Segundo o Alto Comissariado dirigido por Michelle Bachelet, a maioria das vítimas foi causada pelo uso de armas explosivas com uma ampla área de impacto. Incluindo bombardeamentos com artilharia pesada e sistemas de foguetes de lançamento múltiplo e ataques aéreos.

“Danos e destruição da infraestrutura civil em áreas de combate ativo e aqueles afetados por ataques aéreos e bombardeamentos continuam a impedir o acesso das pessoas a água, alimentos, saúde e outros serviços básicos. Isso também está a afetar a capacidade dos parceiros de ampliar e expandir os programas dentro da Ucrânia”, referiu, por seu turno, o OCHA no comunicado. Pelo menos 1.038.583 pessoas cruzaram as fronteiras da Ucrânia desde 24 de fevereiro, informou hoje o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) no seu portal oficial na internet. Reafirmando que a maioria dos que fogem são mulheres e crianças.

Números podem estar subestimados pois contabilizam apenas as baixas confirmadas

Segundo o ACNUR, 52,8% daquele total fugiu para a Polónia. Ou seja, 547.982 pessoas. Enquanto a Hungria acolheu 133.009, quase 13% dos refugiados ucranianos. A Moldova 97.827 (9,4%), a Eslováquia 72.200 (7,2%) e a Roménia 51.261 (5%). O Alto Comissariado indica ainda que 88.147 pessoas (8,5% do total dos que abandonaram a Ucrânia) continuaram a fuga depois de cruzarem as fronteiras ucranianas, para outros países europeus. E que 47.800 se refugiaram na Rússia. As autoridades ucranianas e a ONU esperam que o fluxo de refugiados se intensifique. Já que o exército russo parece estar a concentrar os seus esforços nas principais cidades ucranianas. Segundo a ONU, quatro milhões de pessoas podem deixar o país para escapar à guerra.

De acordo com a nota do OCHA, “a necessidades humanitárias das pessoas afetadas, em movimento e deslocados internos são críticas. O grupo de saúde enfatizou que o atendimento ao trauma e os cuidados primários, medicamentos essenciais e suprimentos médicos são urgentemente necessários”. As pessoas também precisam de acesso a alimentos e outros apoios. A principal preocupação de proteção é facilitar a retirada segura e digna de pessoas vulneráveis. Incluindo pessoas com deficiência, idosos, mulheres e crianças, segundo o OCHA.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças. O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a “operação militar especial” na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho. Afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender. E garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.

 

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