Ucrânia: Grupo tecnológico Meta fecha contas de grupos pró-russos de desinformação

A empresa tecnológica Meta afirmou que grupos pró-russos estão a orquestrar várias campanhas de desinformação em redes sociais com perfis falsos ou contas pirateadas para retratar a Ucrânia como um peão nas mãos do Ocidente.

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A Meta encerrou as contas falsas e bloqueou a partilha de endereços de Internet com ligação a ‘sites’ que difundem informações falsas, disse, no domingo, o chefe da gestão de ameaças da ‘holding’. Que detém todos os produtos e marcas associados ao Facebook, David Agranovich. Estes grupos “gerem ‘websites’ fazendo-se passar por entidades noticiosas independentes. E criam perfis falsos em plataformas de redes sociais, incluindo Facebook, Instagram, Twitter, YouTube, Telegram e também [redes russas] Odnoklassniki e VK”, disse a Meta, num texto divulgado num blogue. Observando que tinha bloqueado um grande número de contas falsas filiadas ao Estado russo.

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“Em alguns casos, utilizaram imagens de perfil que (…) foram provavelmente geradas usando técnicas de inteligência artificial”, acrescentou o grupo. A pequena rede de contas falsas nas redes sociais Facebook e Instagram visava pessoas na Ucrânia. E ajudou a divulgar informações falsas sobre os esforços do país para se defender contra a invasão russa. A rede foi identificada pela Meta como estando ligada a indivíduos na Rússia e na Ucrânia. Bem como às organizações de comunicação social NewsFront e SouthFront na Crimeia, a península ucraniana anexada por Moscovo em 2014.

As organizações NewsFront e SouthFront são pontos de desinformação que recebem ordens dos serviços secretos russos

De acordo com os Estados Unidos, as organizações NewsFront e SouthFront são pontos de desinformação que recebem ordens dos serviços secretos russos. E estão entre as mais de uma dúzia de entidades sancionadas por Washington por tentarem influenciar as eleições presidenciais norte-americanas de 2020 “sob a direção da liderança” de Moscovo.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia. Com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades. Que já mataram pelo menos 352 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia. O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho. E que era a única maneira de a Rússia se defender. Precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário. O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional. A União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia. E o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.

 

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