BE quer que Governo apoie sanções e processo contra Israel no TIJ e reconheça Palestina

O BE defendeu hoje que o Governo português deve acompanhar a África do Sul no processo contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) e reconhecer o Estado da Palestina, para travar o massacre de civis palestinianos.

BE quer que Governo apoie sanções e processo contra Israel no TIJ e reconheça Palestina

Esta posição foi transmitida aos jornalistas pela coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, no início de uma iniciativa sobre clima na Cantina Velha da Universidade de Lisboa, que exigiu também que Portugal apoie uma política de sanções a Israel.

“Hoje, perante as atrocidades que estão a ser cometidas aos olhos de toda a gente pelo exército israelita, pelo Governo israelita em Rafah, perante os crimes de guerra contra o povo palestiniano, perante as mortes de tantas mulheres, de tantas crianças, de tantos civis inocentes às mãos do exército israelita, apelamos, exigimos ao Governo português que tome uma posição”, afirmou.

Para o BE, “essa posição não pode ser menos do que a condenação do Estado de Israel, não pode ser menos que acompanhar o Estado da África do Sul na queixa por violação dos direitos humanos e por crimes de guerra junto do TIJ”, e ao mesmo tempo avançar com “o reconhecimento do Estado da Palestina” e apoiar “uma política de sanções a Israel para travar este massacre”.

Por sua vez, a cabeça de lista do BE às eleições europeias, Catarina Martins, declarou que “hoje talvez fosse o dia para a Comissão Europeia acabar com o acordo de associação com Israel e ter sanções, seria um bom dia se o fizesse”.

Na sua opinião, se nada fizer, “a credibilidade da União Europeia em direitos humanos fica soterrada em Gaza”.

Mariana Mortágua considerou que “a invasão de Israel a Rafah, o ataque a Rafah é a última etapa de uma política de genocídio” levada a cabo por Israel, “uma política de extermínio coletivo do povo da Palestina e de ocupação de um território que não lhe pertence”.

A coordenadora do BE referiu que “morreram já nestes ataques de que Israel é culpado e às mãos do exército israelita 34 mil pessoas”, que “a maior parte dessas pessoas são mulheres, são crianças”, e realçou que “a Organização das Nações Unidas (ONU) tem vindo sistematicamente a denunciar os crimes cometidos por Israel”.

“O mínimo que Portugal pode fazer e que tem de exigir à comunidade internacional é que se junte à África do Sul para condenar Israel no TIJ”, defendeu, “em nome da dignidade, em nome dos direitos humanos, tem de se posicionar internacionalmente”.

Mariana Mortágua argumentou que “reconhecer o Estado da Palestina” é também “uma forma para travar a guerra” e que “parar Israel exige uma política de sanções” semelhante à foi imposta à África do Sul no tempo do ‘apartheid’ e à que tem sido imposta à Rússia por causa da invasão da Ucrânia.

“É preciso travar Israel, é preciso parar Israel, há 600 mil crianças em Rafah que estão a ser massacradas às mãos do exército israelita”, apelou.

A atual ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza, que dura há mais de sete meses, foi lançada como resposta ao ataque de 07 de outubro do grupo islamita Hamas, classificado como terrorista pela União Europeia e pelos Estados Unidos da América, em território israelita, no qual matou e raptou militares e civis, incluindo crianças.

IEL // ACL

By Impala News / Lusa

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