BE diz que é “tempo de fazer justiça” e encerrar o capítulo da Operação Marquês

A coordenadora do Bloco de Esquerda considerou hoje, quanto à Operação Marquês, que “é tempo de fazer justiça”, considerando ser necessário “encerrar este capítulo que dura há mais de uma década”.

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“Portugal não pode viver mais com este fantasma desta enorme operação, desta enorme teia que foi controlando os destinos de Portugal, com negócios sempre mal explicados, obscuros, com suspeitas de lavagem de dinheiro, de corrupção, que depois nunca são clarificadas”, afirmou. Mariana Mortágua falava aos jornalistas à margem da entrega da lista de candidatos a deputados pelo círculo eleitoral de Lisboa, tendo sido questionada sobre os mais recentes desenvolvimentos na Operação Marquês.

A bloquista considerou que “é preciso um julgamento e é preciso conclusões rápidas”. “Portugal tem de encerar este capítulo que dura há mais de uma década”, salientou. A coordenadora do BE afirmou que “José Sócrates, Ricardo Salgado, Zeinal Bava, Rui Horta e Costa, Helder Bataglia, passaram todos por sucessivas comissões de inquérito na Assembleia da República”.

“Conhecemos os crimes, conhecemos os personagens”, referiu, afirmando que “o país conhece a forma como o dono disto tudo mandava e desmandava no país, como mandava e desmandava em governos, em interesses económicos, a forma como as portas giratórias funcionaram em Portugal”.

Apontando que “o país conhece estes casos, estas operações, porque houve comissões parlamentares de inquérito que expuseram estes casos e os mostraram ao país”, Mariana Mortágua salientou que “foram há 10 anos e agora é tempo de fazer justiça”.

O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) recuperou quase na totalidade a acusação do Ministério Público no processo Operação Marquês e determinou a ida a julgamento de 22 arguidos por 118 crimes económico-financeiros, incluindo o ex-primeiro-ministro José Sócrates, por corrupção.

O coletivo de juízas decidiu enviar também para julgamento os administradores da Portugal Telecom (PT) Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, o ex-administrador do grupo Lena Joaquim Barroca, o empresário Helder Bataglia e o ex-administrador do empreendimento imobiliário de luxo Vale do Lobo Rui Horta e Costa.

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