Ataque de supostos fundamentalistas islâmicos no Níger mata 29 soldados

Um atentado de supostos fundamentalistas islâmicos, no oeste do Níger, matou 29 soldados, anunciaram as autoridades.

Ataque de supostos fundamentalistas islâmicos no Níger mata 29 soldados

Niamei, 03 out 2023 (Lusa) – Um atentado de supostos fundamentalistas islâmicos, no oeste do Níger, matou 29 soldados, anunciaram na segunda-feira à noite as autoridades.

“Um destacamento das forças de segurança foi alvo de um ataque complexo a noroeste de Tabatol, que combinou a utilização de engenhos explosivos improvisados e de veículos kamikaze por mais de uma centena de terroristas”, refere-se num comunicado do Ministério da Defesa nigerino difundido na televisão nacional.

“O número provisório de mortos neste ataque é o seguinte: 29 soldados foram mortos como heróis e dois ficaram gravemente feridos”, continua a nota, acrescentando que “várias dezenas de terroristas” morreram.

O ataque ocorreu perto da fronteira com o Mali, durante operações para “neutralizar a ameaça do Estado Islâmico no Grande Sara (EIGS), que tem uma forte presença na zona”.

Este é o número mais elevado de mortos desde que os militares tomaram o poder no Níger, justificando o golpe de Estado de 26 de julho, em parte, com a deterioração da situação de segurança no país.

Na quinta-feira, sete soldados foram mortos, também no oeste nigerino, e outros cinco num acidente rodoviário em resposta a este ataque.

Em meados de agosto, pelo menos 17 soldados do Níger foram mortos e 20 ficaram feridos num ataque de supostos fundamentalistas islâmicos perto da fronteira entre o Níger e o Burkina Faso.

O Níger vive uma crise política desde 26 de julho, quando uma junta militar – autodenominada Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP), liderada pelo antigo chefe da Guarda Presidencial, general Abdourahamane Tiani – depôs o Presidente eleito, Mohamed Bazoum (que se encontra em prisão domiciliária desde então), e suspendeu a Constituição.

O golpe de Estado foi condenado pela comunidade internacional e pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que decretou duras sanções económicas e comerciais contra o Níger (membro do bloco antes de ser suspenso) e ameaçou com uma ação militar contra os golpistas para restabelecer a ordem constitucional.

CAD // JMC

By Impala News / Lusa

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