Mulher detida pela morte de Gabriel suspeita de matar a própria filha

Ana Julia Quezada, a namorada do pai de Gabriel foi detida em Espanha, após ter sido descoberto o corpo do menino de 8 anos na bagageira do seu carro. Polícia investiga agora relação com outra morte

Ana Julia Quezada foi detida no passado domingo, dia 11 de março, depois das autoridades espanholas terem descoberto o corpo de Gabriel Cruz, o menino de oito anos desaparecido desde 27 de fevereiro em Almería, na bagageira do seu carro. Para além de estar envolvida na morte do filho do namorado, Ana Julia poderá ser agora também acusada da morte da própria filha, em Burgos.

De acordo com o El País, a filha terá caído de uma janela. Apesar de a queda ter sido considerada «acidental» existiram fortes suspeitas de que a criança tivesse sido atirada, visto que «o edifício tinha janelas difíceis de abrir». O caso passou-se em Burgos, em 1996, quando a madrasta de Gabriel Cruz viveu na localidade.

O El País avança que a menina teria cerca de quatro anos. A suspeita viveu em Burgos com as duas filhas, nomeadamente, com a que acabou por morrer e outra que terá agora 24 anos e que, segundo a imprensa, ainda vive em Burgos. A família vivia originalmente na República Dominicana.

Ana Julia nunca foi suspeita pela morte da filha mas a polícia vai agora investigar o caso novamente.

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Tudo sobre o desapreciamento de Gabriel 

Gabriel Cruz desapareceu no dia 27 de fevereiro e usava calças pretas com riscas laterais brancas, uma camisola branca e um casaco vermelho com capuz quando foi visto pela última vez.

O menino de oito anos estava em casa da avó Carmen, em Las Hortichuelas, em Espanha. Filho de pais separados, era habitual passar dias em casa da avó. Nessa manhã, brincou em casa dos primos. No dia seguinte era feriado e não tinha aulas.

Foi a casa da avó, onde almoçou, e voltou para junto dos primos, para mais uma tarde de brincadeira. A avó ficou a vê-lo à porta enquanto Gabriel percorreu cerca de 80 metros. Até casa dos primos faltariam uns 20, mas o menino nunca lá voltou.

A família só deu por falta do menino por volta das 18h00, uma vez que a avó estava ciente que o neto se encontrava em casa dos primos, e vice versa. O alerta às autoridades foi dado pelas 20h00.

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Só três dias depois houve o primeiro desenvolvimento. Diego FA, que tinha uma ordem de afastamento da mãe de Gabriel – depois de uma acusação de assédio –, foi detido. O Ministério do Interior anunciou a detenção desse mesmo homem, mas não confirmou ligação ao desaparecimento do menino de 8 anos.

Os pais de Gabriel estão separados. Tanto Patricia Ramírez como o pai,  Ángel Cruz disseram ao El País que Gabriel «não é uma criança que faz coisas loucas e é muito obediente».

No dia seguinte, durante as operações de busca, foi o próprio pai do menino, e a namorada deste, que encontraram uma camisola interior branca que se veio a provar ter ADN de Gabriel. A peça de roupa foi encontrada a cerca de 3,5 quilómetros de distância do local onde Gabriel desapareceu.

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Uma outra possível pista surge através dos vizinhos da avó Carmen, que dizem ter visto uma carrinha branca a passar cerca de dez minutos antes de Gabriel sair de casa para não mais ser encontrado.

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