Exclusivo: Hospital de Portimão reage a denúncias sobre falta de condições

Utente do Hospital de Portimão queixou-se da falta de condições da instituição, após ter sido atendida por um médico que apenas tinha uma cadeira, uma marquesa e um computador em cima de um caixote do lixo. Hospital defende médico.

Exclusivo: Hospital de Portimão reage a denúncias sobre falta de condições

Uma utente do Hospital de Portimão denunciou a falta de condições da unidade de saúde pública do Algarve, destacando o facto de ter sido atendida por um médico da especialidade de ortopedia que apenas tinha «uma marquesa, uma cadeira e um computador em cima de um caixote do lixo, fixo com fita adesiva».

Contactado pela a Impala.pt, o Hospital de Portimão revelou ter tido conhecimento do caso e reconheceu «a capacidade de adaptação do profissional em causa». No entanto, a unidade hospitalar explicou que o computador apoiado em cima de um caixote do lixo se tratou de «uma situação pontual», que «não demorou mais de meia hora» a ser resolvida.

Hospital defende capacidade de adaptação do médico

De acordo com a instituição pública, a mesa onde o equipamento electrónico estava colocado partiu-se e o médico «optou por não interromper o seu trabalho enquanto o Serviço de Instalações e Equipamentos procedia à substituição da mesma».

Segundo o Centro Hospitalar Universitário do Algarve – Hospital de Portimão a situação ficou resolvida no próprio dia (6 de março) e o médico já tem as condições necessárias para desempenhar a sua função.

Hospital nega ter utentes «sentados no chão» das urgências

Para além do espanto da utente com as circunstâncias da sala onde foi atendida, em conversa com a Impala.pt, Alda Amaral mostrou-se igualmente impressionada com a sobrelotação de pessoas nas instalações do hospital e com a falta de condições, em geral, que a unidade de saúde apresentava. Entre várias críticas, a utente garantiu que viu «pessoas sentadas no chão no serviço de urgências».

Contudo, o Hospital de Portimão nega que tal facto tenha acontecido em «momento algum», mesmo em «picos de afluência». A instituição relembra ainda que está sempre disponível para receber qualquer reclamação formal.

Sobre as restantes críticas de Alda Amaral, nomeadamente, sobre a existência de uma «bancada cheia de gesso», que estava «toda suja», na sala onde foi atendida e sobre a sobrelotação de pessoas na sala de observações e de espera, o Hospital de Portimão não se pronunciou.

Post original conta com mais de mil «gostos», dezenas de comentários e mais de duas mil partilhas.

Alda Amaral é residente no município de Lagoa e dirigiu-se ao Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio – Hospital de Portimão quando o filho, de 11 anos, se queixou de fortes dores na bacia, após uma aula de educação física.

A publicação foi partilhada num grupo privado do Facebook. O post original conta com mais de mil «gostos», dezenas de comentários e mais de duas mil partilhas.

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