Serra de Sintra com acesso interdito ao trânsito devido ao elevado risco de incêndio

O perímetro florestal sul da serra de Sintra, no distrito de Lisboa, foi hoje encerrado ao trânsito devido ao elevado risco de incêndio, circulando apenas veículos de socorro, de emergência e de Proteção Civil, anunciou a câmara municipal.

Serra de Sintra com acesso interdito ao trânsito devido ao elevado risco de incêndio

“Atendendo às condições meteorológicas adversas verificadas e ao elevado risco de incêndio florestal, foram encerradas hoje, 27 de junho, as seis cancelas existentes no perímetro florestal sul da serra de Sintra”, informou a Câmara Municipal de Sintra, presidida por Basílio Horta (PS), acrescentando que dentro da área de interdição se encontram os acessos ao Santuário da Peninha e Convento dos Capuchos.

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A serra de Sintra localiza-se nos concelhos de Sintra e Cascais, mas as interdições de acesso de circulação registam-se apenas na área do município sintrense. Desde 2019 que a câmara municipal decide cortar o trânsito sempre que se regista elevado risco de incêndio. “A situação de interdição do trânsito nas vias municipais na serra de Sintra é avaliada e alterada de acordo com as condições, podendo a interdição ser agravada ou desagravada. São medidas preventivas que visam não só prevenir incêndios, mas também garantir a adequada evacuação e socorro no caso de tal acontecer”, afirmou o presidente Câmara de Sintra, Basílio Horta.

Numa nota enviada à agência Lusa, o autarca do PS disse que o município dá especial atenção à proteção contra incêndios na serra de Sintra, adiantando que, “neste momento e até ao final da época de incêndios, a serra é vigiada 24 horas por dia, pelas demais forças de segurança e socorro por forma a garantir a proteção de pessoas e deste património que é Paisagem Cultural da Humanidade”.

As seis cancelas existentes no perímetro florestal sul da serra de Sintra “foram acionadas e estes acessos permanecem encerrados enquanto se mantiver a situação de risco de incêndio elevado”, indicou a autarquia, referindo que o encerramento pode ser prolongado, além do dia de hoje. De acordo com a Câmara Municipal de Sintra, as zonas de acesso interdito são o cruzamento da Azóia; o caminho da Urca / Pedras Irmãs; o cruzamento dos Capuchos – acesso ao Monge; o cruzamento dos Capuchos – acesso ao cruzamento da Portela; o cruzamento da Portela – acesso ao cruzamento dos Capuchos; e o cruzamento da Portela – acesso à Azóia.

A autarquia comunicou ainda que o concelho de Sintra se encontra em perigo de incêndio rural “muito elevado”, pelo que não é permitida a realização de trabalhos nos territórios rurais e na envolvente de áreas edificadas “com recurso a motorroçadoras, corta-matos e destroçadores, todos os equipamentos com escape sem dispositivo tapa-chamas, equipamentos de corte, como motosserras ou rebarbadoras, ou a operação de métodos mecânicos que, na sua ação com os elementos minerais ou artificiais, gerem faíscas ou calor”.

A decisão de encerramento do perímetro florestal sul da serra de Sintra surge na sequência de o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) emitir risco de incêndio elevado ou superior e aviso laranja ou superior para a intensidade do vento, e sempre que as autoridades de Proteção Civil competentes emitam estado de alerta laranja ou superior para a intensidade do vento.

Segundo o IPMA, o perigo de incêndio rural no concelho de Sintra é hoje “muito elevado”, o segundo mais grave de cinco, situação que se mantém na terça-feira, descendo para “elevado” na quarta-feira e voltando a subir para “muito elevado” na quinta-feira e na sexta-feira. Durante o período de encerramento do trânsito de acesso à serra de Sintra, “continuam a poder circular veículos de socorro, de emergência e das entidades integrantes do Sistema Municipal de Proteção Civil”, realçou a autarquia.

A serra de Sintra integra uma região de proteção classificada sensível ao risco de incêndio florestal, caracterizada por um elevado número de visitantes, apontou a câmara municipal, reforçando que se torna fundamental acautelar a sua proteção, manutenção e conservação considerados objetivos do interesse público, de âmbito mundial, nacional e municipal.

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