Dois bebés nasceram sem o auxílio de pediatra no hospital de Portimão, no sábado, dia 17 de março. Um dos partos teve complicações e o bebé teve de ser reanimado por anestesistas, uma vez que na instituição não se encontrava nenhum pediatra.

«Tiveram lugar dois partos sem pediatra, num dos casos com graves complicações, as quais levaram a que o recém-nascido tivesse que ser reanimado. Essa operação teria que ser realizada por um pediatra e, em desespero, teve que ser conduzida por um médico de outra especialidade».

O caso foi exposto pelo deputado do PSD Cristóvão Norte, eleito pelo círculo do Algarve.

«É grave e irresponsável que não estejam assegurados pediatras na unidade de Portimão, de modo a garantir a segurança no funcionamento dos serviços, designadamente no bloco de partos, berçário, neonatologia e internamento de pediatria, já que os mesmos acolhem um significativo número de recém-nascidos e de crianças, mas é mais grave ainda permitir que a maternidade funcione assim. Tal significa violar a confiança das pessoas, colocá-las em perigo e potencialmente destruir as suas vidas», pode ler-se.

Fonte da administração do hospital já veio confirmar o sucedido, frisando no entanto que este caso aconteceu num «contexto de exceção». No entanto, relembrou que «a carência de profissionais ao nível da especialidade de Pediatria no CHUA é já sobejamente conhecida».

Este não é o primeiro caso de falhas no hospital de Portimão.

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Já no início deste mês o nosso site noticiou outro caso de falta de recursos. Uma utente do Hospital de Portimão partilhou nas redes sociais uma imagem que demonstra a falta de condições existentes na respectiva unidade hospitalar pública do Algarve. Na fotografia é possível ver-se um médico sentado em frente a um computador que está apoiado em cima de um caixote do lixo, fixo com fita adesiva.

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