INEM abre processo de inquérito para apurar atraso na assistência a idosa que morreu em Lisboa

O INEM anuncia que abriu um processo de inquérito para apurar as circunstâncias do atraso na assistência a uma mulher em Lisboa, que esteve mais de uma hora na rua à espera de ambulância e acabou por morrer.

INEM abre processo de inquérito para apurar atraso na assistência a idosa que morreu em Lisboa

O INEM anunciou hoje que abriu um processo de inquérito para apurar as circunstâncias que motivaram o atraso na assistência pré-hospitalar a uma mulher em Lisboa, que esteve mais de uma hora na rua à espera de uma ambulância e acabou por morrer. “Instituto Nacional de Emergência Médica lamenta profundamente o desfecho que a situação ocorrida no passado dia 18 de julho, em Campolide, veio a conhecer. O INEM já determinou a abertura de um processo de inquérito para apurar em pormenor todas as circunstâncias que motivaram o atraso na assistência pré-hospitalar a esta utente”, refere o INEM, em comunicado.

Uma mulher de 83 anos caiu num passeio em Campolide, Lisboa, na passada segunda-feira e esperou cerca de hora e meia pelo INEM, que não tinha ambulâncias disponíveis, tendo depois a idosa acabado por morrer no hospital.

INEM sustenta que “continua a registar um aumento muito acentuado da sua atividade”

Num esclarecimento sobre atraso na assistência a esta utente, o INEM sustenta que “continua a registar um aumento muito acentuado da sua atividade”. Segundo aquele instituto, na segunda-feira, dia em que a mulher ficou à espera de ambulância, foram recebidas 4.715 chamadas de emergência no Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM, mais 952 chamadas que em igual período de 2021. “Concretamente em relação à cidade de Lisboa, nos primeiros seis meses de 2022 há registo de 48.410 ocorrências, um acréscimo de 23% comparativamente a 2021”, precisa o INEM. O Instituto Nacional de Emergência Médica sublinha que “a indisponibilidade momentânea de meios no sistema é uma situação pontual, alheia à vontade de todos os intervenientes”.

No caso em concreto da situação de Lisboa, o INEM refere que juntamente com os parceiros do sistema “não se pouparam a esforços para concretizar o envio de uma ambulância o mais rapidamente possível, não conseguindo, infelizmente, fazê-lo num menor espaço de tempo”. O INEM indica ainda que “todas as ambulâncias do INEM e dos parceiros do sistema que foram contactadas, num total de 29 entidades, estavam ocupadas noutras missões de emergência a decorrer em simultâneo”, tendo sido acionada a ambulância que “mais rapidamente ficou disponível”.

De acordo com o INEM, o Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) é um sistema complementar, e é constituído não só pelos meios próprios do INEM, mas também pelos meios dos parceiros bombeiros e Cruz Vermelha Portuguesa, tendo, desde o início de junho, reforçado o dispositivo de meios para o verão, operados pelos parceiros do INEM, com um acréscimo de 23 meios no país, com mais quatro ambulâncias a reforçar a área metropolitana de Lisboa.

 

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