Escolas pedem regresso às aulas com menos alunos por turma, mais professores e material de proteção

Diretores de escolas exigem ao Governo e à DGS que informem atempadamente como será a reabertura e alertam para possível necessidade de contratar mais docentes.

Escolas pedem regresso às aulas com menos alunos por turma, mais professores e material de proteção

Diretores de escolas e professores são unânimes. Governo aponta regresso às aulas presenciais de 11.º e 12.º para 18 de maio, mas docentes alertam que, para isso, haja menos alunos por turma e material de proteção – luvas, álcool-gel, máscaras. Associação Nacional dos Diretores de Agrupamentos de Escolas Públicas (ANDAEP) e Fenprof estão alinhados e alertam para que necessidade de divisão das turmas poder exigir contratação de mais professores e pedem orientações clara orientações a Governo e Direção-Geral de Saúde. «Se, por exemplo, cada sala só puder ter dez alunos, então para uma turma de 30 haverá necessidade de mais dois professores», afirmou Filinto Lima, presidente da ANDAEP.

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DGS estuda «situações específicas» para reabertura das escolas

Graça Freitas, diretora-geral de Saúde, diz que estão a ser estudadas «situações específicas» a respeito da reabertura das escolas. Uma delas, a analisar «praticamente caso a caso», é a «questão dos docentes e discentes que possam ser mais vulneráveis» à covid-19. Em carta enviada nesta segunda-feira, 27 de abril, ao ministro da Educação, a ANDAEP questiona se os alunos que voltarão às aulas presenciais serão apenas os que terão exames nacionais ou se esse regresso acontecerá «independentemente de se terem ou não inscrito» nas provas. A associação considera a segunda hipótese «excessiva». E em alternativa sugere que os alunos do 11.º possam ter «reforço» nas disciplinas trienais (como Português) que vão a exame no 12.º ano.

Manuais escolares emprestados poderão ser cedidos em definitivo aos alunos

Como as receitas das escolas irão diminuir, pelo encerramento de bares, cantinas e papelarias, a ADAEP pede também o «reforço dos orçamentos» para garantir existência de material de proteção sanitária. Propõe também que os manuais cedidos pelo Estado possam, «a título excecional», tornar-se propriedade dos alunos. Fonte do Ministério da Educação diz, citada esta terça-feira pelo JN, que a sugestão «está a ser analisada». Em comunicado, a Fenprof defende um máximo de 12 pessoas nas salas de aula, equipamentos de proteção «para todos», contratação de docentes e que os grupos de risco sejam dispensados das aulas presenciais.

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