Covid-19: Um terço da população mundial instada a ficar em casa

A decisão da Índia de ordenar a toda a população para ficar em casa fez hoje subir para 2,6 mil milhões o número de pessoas em confinamento em todo o mundo, segundo números da agência France-Presse.

Covid-19: Um terço da população mundial instada a ficar em casa

Para travar a propagação da covid-19, a Índia decretou hoje a proibição total de sair de casa aos seus 1,3 mil milhões de habitantes, medida que entra em vigor à meia-noite local (18:30 em Lisboa).

A decisão fez subir o total de pessoas restringidas a casa no mundo para 2,6 mil milhões, a um terço da população mundial, avaliada pela ONU em 7,8 mil milhões de pessoas.

Pelo menos 42 países e territórios ordenaram o confinamento, entre os quais vários países europeus, aos quais se juntou segunda-feira o Reino Unido, mas também na Colômbia, Argentina, Califórnia (Estados Unidos), Nepal, Iraque ou Madagáscar.

A Índia e a Nova Zelândia foram os que mais recentemente adotaram a medida, aos quais se vai juntar, a partir de quinta-feira, a África do Sul.

Na maioria dos casos, as populações só estão autorizadas a sair de casa para trabalhar, comprar alimentos ou medicamentos, procurar ajuda ou médica ou prestar assistência a terceiros.

Pelo menos 15 países, que representam no conjunto 189 milhões de pessoas, decretaram recolher obrigatório, proibindo qualquer deslocação entre o final da tarde e o amanhecer.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.077 mortos em 63.927 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de dezembro, conta com mais de 81.000 casos, tendo sido registados 3.277 mortes.

Nas últimas 24 horas a China reportou 78 novos casos, sendo quatro de contágio local e os restantes importados.

As 74 infeções importadas do exterior levantam receios de nova onda de contágio. Depois de cinco dias sem novas infeções locais, foi reportado um novo caso local, em Wuhan.

Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são a Espanha, com 2.696 mortos em 39.673 infeções, o Irão, com 1.934 mortes num total de 24.811 casos, a França, com 860 mortes (19.856 casos), e os Estados Unidos, com 499 mortes (41.511 casos).

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

 

 

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