Paula Fatri e a filha de 12 anos vivem fugidas há mais de um mês, mudando regularmente de casa para que o pai da menor não as encontre. A mulher não quer que a filha seja vacinada contra a covid-19, mas o pai de Vera é a favor da imunização, o que a levou a esconder a menor, escreve o Correio da Manhã. A fuga teve início em 16 de agosto, quando a filha deveria ter ido de férias com o pai. Desde então, mãe e filha, que viviam em Gondomar, têm vivido clandestinamente, em alojamentos locais e em casa de amigos. Só na última semana mudaram de casa duas vezes.

Paula Fatri rejeita acusações de negacionismo

“Deixámos de ter vida própria, mas não tive alternativa porque o pai da minha filha quer obrigá-la a ser vacinada e isso não irei permitir”, disse a mãe ao mesmo jornal. Paula Fatri garante que não é negacionista e que a filha “tem todas as vacinas em dia”. Neste caso, porém, “existem muitas dúvidas sobre os efeitos adversos a médio e longo prazo”, defendeu. Os “estudos científicos são manifestamente insuficientes, e por isso tenho a obrigação de proteger a minha filha”.

Mãe e filha já foram ouvidas pela Comissão de Proteção de Menores e o caso irá agora seguir para tribunal. João Pedro César Machado, advogado de Paula Fatri, mostrou-se confiante de que será decidido a favor da sua cliente, uma vez que a vacina não é obrigatória em Portugal.

Imagens: CMTV

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