Covid-19: Estudo revela onde e como é mais provável ser infetado

Equipa de investigadores de Oxford e do Colorado juntaram-se para estudar a probabilidade de ficar infetado em determinados contextos.

Covid-19: Estudo revela onde e como é mais provável ser infetado

Decorridos dois anos desde que o novo coronavírus se alastrou por todo o mundo e deixou vários países em confinamento(s), estamos agora numa fase em que o número de casos é exponencial – Portugal, França, Reino Unido têm sucessivamente batido recordes de infeções – mas, felizmente, o número de casos graves, internamentos e mortes não tem correspondência com o número de infetados. A vacinação em massa contribuiu de forma decisiva para que o panorama atual seja (bem) menos preocupante do que aquele que o País enfrentou há precisamente um ano, altura em que se se registaram mais de 300 mortes diárias.

O regresso à dita “vida normal” não é uma miragem, mas também não parece estar tão perto quanto o desejável. Os convívios e/ou jantares com amigos, o regresso das atividades extracurriculares que tão importante são para a saúde e crescimento – físico e mental – dos jovens. Mas também coisas tão simples como andar tranquilamente de autocarro ou metro sem necessidade de olhar por cima do ombro. Nesse sentido, um grupo de investigadores constituído por Trish Greenhalgh  procurou responder a questões como: que atividades são seguras? E quão seguras?

Probabilidade de ficar infetado

No estudo, a equipa quantificou como as diferentes influências na transmissão – variantes (transmissibilidade), distanciamento físico, uso de máscara qualidade do ar (espaço fechado ou aberto; com ou sem ventilação) – condicionam o risco de apanhar covid. Para tal, foram utilizados dados empíricos relativos ao número de pessoas que foram infetadas em eventos de supertransmissão, onde foram tidos em conta parâmetros como o tamanho do espaço, a ocupação da sala e níveis de ventilação. Assim sendo, a equipa composta por professores e cientistas, delineou um gráfico que categorizou a probabilidade de ser infetado tendo em conta um extenso número de situações: com máscara e contacto durante um curto espaço de tempo; com máscara e contacto prolongado; sem máscara durante um curto espaço de tempo e sem máscara durante um período prolongado.

Covid-19: Estudo revela onde e como é mais provável ser infetado
Risco de apanhar covid-19
Créditos: Autores do estudo

Algumas conclusões

O gráfico mostra que a a probabilidade de contrair covid-19 aumenta exponencialmente quando se junta com várias pessoas num espaço fechado com má ventilação durante um longo período de tempo sem máscara – como por exemplo um ginásio, uma discoteca ou até mesmo uma sala de aula. No polo oposto, reunir-se com outras pessoas ao ar livre ou num espaço bem ventilado e usar uma máscara certificada é meio caminho andado para escapar ao vírus. Se, além disso, conseguir reduzir o número de pessoas ao mínimo essencial e encurtar temporalmente o ajuntamento, reduz ainda mais a probabilidade de testar positivo.

Os autores sublinham que apesar de o gráfico apresentar um valor estimado para cada situação, o risco efetivo vai depender sempre de parâmetros específicos, como o número exato de pessoas que estão no espaço e qual o tamanho do mesmo. 

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