Brasil recuperou este ano a saúde de mais de 300 crianças Yanomami desnutridas

Mais de 300 crianças indígenas Yanomami desnutridas foram recuperadas pelas autoridades brasileiras no último ano, desde que foi determinado o estado de emergência sanitária na região, anunciou hoje o Governo.

Brasil recuperou este ano a saúde de mais de 300 crianças Yanomami desnutridas

Em comunicado, o Ministério da Saúde do Brasil indicou que nos locais onde é possível prestar assistência e ajuda humanitária, ao povo Yanomami, que vive numa zona da floresta amazónica na fronteira com a Venezuela, “307 crianças diagnosticadas com desnutrição grave ou moderada foram recuperadas”.

A mineração ilegal utiliza metais pesados para extrair o ouro, contaminando a água dos rios e exterminando a pesca, da qual os Yanomami dependem para sobreviver.

De acordo com dados oficiais, 303 Yanomamis morreram em 2023, mais 40 óbitos do que os registados em 2022.

Hoje, uma comitiva composta pela ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, a ministra do Ambiente, Marina Silva, e o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, deslocou-se à Terra Indígena Yanomami, no estado de Roraima, na sequência de um anunciou no dia anterior de que o território vai receber este ano um investimento de 220 milhões de euros para reforçar a segurança permanente.

“Se nós não formos capazes de defender os povos indígenas, não seremos capazes de defender o nosso país”, argumentou hoje Sílvio Almeida, citado no comunicado.

A infraestrutura permanente, a ser criada ainda este ano, intitulada de “Casa de Governo”, servirá para reforçar o combate aos invasores do território e aos garimpeiros ilegais, indicou em comunicado a Casa Civil.

Esta “Casa de Governo” vai concentrar órgãos federais com o objetivo de apoiar ao regresso do modo de vida digno dos indígenas.

Em janeiro de 2023, numa das suas primeiras medidas após assumir o cargo, Lula da Silva declarou estado de emergência sanitária na terra indígena Yanomami, situada entre os estados do Amazonas e Roraima, face ao aumento de mortes por malária e desnutrição.

 

MIM // JMC

Lusa/Fim

By Impala News / Lusa

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