Pessoas com doenças mentais são mais velhas do que a idade verdadeira

Pessoas com doenças mentais podem ser dois anos mais velhas do que a sua idade cronológica. Quem o diz é um novo estudo feito em Paris.

Pessoas com doenças mentais são mais velhas do que a idade verdadeira

Pessoas com doenças mentais como depressão, bipolaridade e ansiedade, por exemplo, têm marcadores sanguíneos que sugerem ser mais velhas do que a idade real, aponta estudo apresentado em março no Congresso Europeu de Psiquiatria, em Paris.

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Pessoas com doenças mentais tendem a viver menos dois anos

Investigadores do King’s College London, Inglaterra, analisaram 168 metabólitos sanguíneos de 110.780 pessoas.  No estudo, compararam os dados a informações sobre se os indivíduos tinham histórico de doenças mentais. A descoberta foi impressionante. Aqueles com doenças mentais tinham um perfil de metabólito mais antigo do que o esperado para a idade.

“Agora é possível prever a idade das pessoas a partir dos metabólitos do sangue”, explicou o investigador Julian Mutz.  Descobriram que, em média, aqueles que tiveram um histórico de doença mental ao longo da vida tinham um perfil que indicava serem mais velhos do que a sua idade real. Por exemplo, pessoas com transtorno bipolar tinham marcadores sanguíneos que indicavam serem cerca de 2 anos mais velhas do que sua idade cronológica.

Segundo os autores da pesquisa, embora a descoberta não explique completamente a expectativa de vida e maior prevalência de doenças em pessoas com transtornos mentais, o estudo aponta caminhos para um melhor acompanhamento da saúde física, mental e melhoria das intervenções médicas.

“Este é um trabalho importante, pois dá uma possível explicação para a maior prevalência de doenças metabólicas e relacionadas à idade em pacientes com doenças mentais”, esclarece a cientista Sara Poletti. Compreender os mecanismos subjacentes ao envelhecimento biológico acelerado pode ser crucial para o desenvolvimento de prevenção e tratamentos personalizados para abordar a crescente dificuldade de uma gestão integrada destas doenças.

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