Afinal, o exercício físico tem “poucos” benefícios a nível mental
Um novo estudo que contou com mais de 11 mil participantes saudáveis chegou à conclusão de que o exercício físico tem poucos benefícios para a sua saúde mental.
É frequente ler e ouvir que fazer exercício físico proporciona uma série de benefícios a nível de saúde mental. Porém, pode não ser exatamente assim. Um novo estudo, publicado na Nature Human Behaviour, sugere que há “poucas evidências” que mostram uma correlação entre ambas. A análise de dados de mais de 100 ensaios individuais que tiveram a participação de mais de 11 mil voluntários saudáveis encontrou “evidências inconclusivas” de que o exercício físico melhora efetivamente a capacidade cognitiva.
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“Acúmulo exponencial de evidências de baixa qualidade levou à estagnação”
Luis Ciria, o investigador principal é pós-doutorado do Centro de Pesquisa em Mente, Cérebro e Comportamento da Universidade de Granada, em Espanha, explica que as descobertas sugerem que as alegações que ligam o exercício à capacidade cognitiva devem ser feitas com cautela até que “evidências causais mais confiáveis” sejam encontradas. “De acordo com relatos recentes, acreditamos que esse acúmulo exponencial de evidências de baixa qualidade levou à estagnação em vez de avançar no campo, dificultando o discernimento do real efeito existente”, escreve.
Alguns dos estudos compararam o grupo de exercícios a um grupo totalmente sedentário, enquanto outros compararam-no com grupos menos ativos. Como esperado, foram encontrados benefícios consideráveis quando o grupo de exercício foi comparado aos grupos de sedentários. Outros estudos descobriram que o exercício físico teve um benefício significativo quando o desempenho mental inicial do grupo experimental foi menor do que o do grupo controlo. Ao reavaliar os dados com esses possíveis vieses em mente, os investigadores encontraram poucos benefícios para o cérebro da pessoa saudável porque ela se exercitava.
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Foto: Shutterstock
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