A Processar por Catarina Rito – De Zendaya a Madonna: a análise à MET Gala 2025

Nova Iorque esteve ao rubro com mais uma edição da MET Gala 2025 que uniu a tradição da alfaiataria ao Dandismo.

Na segunda-feira, Nova Iorque (E.U.A.) esteve ao rubro com mais uma edição do MET Gala 2025, subordinado ao tema “Superfine: Tailoring Black Style” (10 Maio a 26 Outubro), inspirado no livro de Monica Miller, “Slaves to Fashion: Black Dandyism and the Styling of Black Diasporic Identify” (2009), professora e directora do departamento de Estudos Africanos da Barnard College. A intenção da exposição é a de dar a conhecer como os negros sobreviveram à escravatura e se
transformaram em seres detentores de uma identidade própria, que acabou por influenciar a moda internacional, assim como outras áreas culturais. Esta é obviamente uma explicação muito simplista sobre o tema, mas adequada ao contexto desta crónica. E não esquecer que o tema também acaba por fazer ainda mais sentido face à conjuntura atual.

O Met Gala, como todos devem saber, é uma iniciativa cultural de angariação de fundos que reverte a favor do Costume Institute do Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque. Todos os anos é escolhido um tema para a exposição, que fica patente no museu durante alguns meses. A lista de convidados é feita com a supervisão de Anna Wintour, directora da revista VOGUE norte-americana, presidente do evento, havendo nomes que por distintos motivos foram deixando de integrar a lista dos “eleitos”, nuns casos por decisão própria e noutros por decisão da organização.

Dandismo: A postura, a irreverência, a beleza criativa, a elegância…

Este é um dos acontecimentos do ano da cidade de Nova Iorque e também dos fashionistas, focado nos convidados mediáticos de diversas áreas: cantores, actores, realizadores, produtores ou apresentadores. Cada presença é vestida por uma marca, umas mais conhecidas do que outras, sendo o Met Gala considerado uma espécie de desfile, à semelhança dos que acontecem nas semanas de moda. Cada convidado contribui para a angariação, mas podem ter a presença paga pelas marcas que vestem.

O foco desta edição, uma das melhores dos últimos anos, foi dar a conhecer a beleza da alfaiataria, como esta pode e deve valorizar o nosso corpo e a nossa personalidade. Acrescentando o factor estilo, postura, atitude e arrojo. A comunidade negra, masculina e feminina (o dandismo também se estende à mulher, mas foi criado a pensar no homem), em particular a norte americana, contribui para a criação de um estilo muito peculiar chamado o “Zuit Suit”, associado ao género musical jazz, que começou a ganhar expressão nos anos 30 nos Estados Unidos da América. A postura, a irreverência, a beleza criativa, a elegância, estão entre os pontos chave do dandismo, sabendo que este movimento era composto por homens cultos. A imagem era o resultado do conhecimento, da mensagem que poderia ser alcançada mediante a intenção, ou seja, só quem tinha conhecimento é que percebia o que via.

Infelizmente, grande parte dos seguidores deste movimento não sabe a génese desta forma de estar, o que leva a um vazio do dandismo, porque esta forma de estar na vida, também foi revolucionária no seu tempo. Poderia estar aqui vários dias a escrever sobre o assunto…. Se passarem por Nova Iorque visitem o Metropolitan Museum!!!!!

Texto: Catarina Rito; Fotos: Instagram Oficial das Marcas de Luxo

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