Pedro Abrunhosa Esclarece rixa com Bloco de Esquerda: “Acho que é desonesto”

Pedro Abrunhosa acusou Bloco de Esquerda de plagiar uma das suas canções para a sua campanha eleitoral.

Pedro Abrunhosa passou pela Rádio Renascença, na passada quarta-feira, 17 de abril, para falar com Ana Galvão, Joana Marques e Inês Lopes Gonçalves da rubrica ‘As Três da Manhã’. Durante a entrevista, o cantor esclareceu o atrito com o Bloco de Esquerda. Vale referir que, durante a campanha para as eleições legislativas, o partido usou uma frase semelhante a um dos seus maiores temas.

“Acusaste o Bloco de Esquerda de plágio por ter o cartaz ‘Fazer o que nunca foi feito’ e achas que as pessoas, obviamente, associam à tua música ‘Fazer o que ainda não foi feito’. A sério, Pedro? Também achas que quando um náufrago grita ‘Socorro’ o nadador-salvador responde: ‘Estou a apaixonar-me’?”, questionou a humorista.

“Na realidade, essa frase tem sete, oito anos e foi um grande êxito. Portanto, há uma associação inconsciente ‘fazer o que ainda não foi feito’ e ‘fazer o que ainda nunca foi feito’. Parece-me um pouco falta de criatividade, portanto, foi por isso que me insurgi“, respondeu o compositor.

“Peca, sobretudo, por se apropriar de uma condição emocional, que é as pessoas reconhecerem aquela frase como algo que já lá está dentro, é um bocadinho inconsciente. E, portanto, isso faz parte de uma estratégia de marketing político, que eu acho que é desonesto e foi isso que eu acusei”, apontou.

“Os teus últimos atos políticos conhecidos foram ralhar com o Bloco de Esquerda e mandar o Putin ir, enfim, praticar o hedonismo consigo próprio. É isso que é ter 60 anos? Antigamente, acorrentavas-te ao Coliseu, agora, só mandas bocas”, atiçou Inês Lopes Gonçalves.

“É verdade. Mas sabes que as manifestações, hoje em dia, de alguma subversão política, essas de nos acorrentarmos a coisas, felizmente, o jornalismo está num sítio diferente, onde estava nos anos 90, em que havia pouca diversidade”, explicou.

“Agora, o jornalismo está em cima das coisas, nomeadamente, em relação ao património e em relação a algumas questões que são fundamentais e as redes sociais também ajudam – também podem desajudar – a que a população tenha maior consciência em relação a algumas injustiças que estão a ser feitas. Portanto, não há necessidade de me andar a acorrentar a coisas”, concluiu.

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Texto: Luís Sigorro; Fotos: Impala

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