Ana Marta Contente revela verdadeiro “inferno” vivido na escola

Ana Marta Contente, a Betinha da novela da TVI Festa é Festa, não contém as lágrimas ao falar da infância na escola. “Havia um esforço comum para tudo o que eu fizesse corresse mal”, conta.

Ana Marta Contente, que dá vida a Elizabete Trindade – ou a Betinha – da novela Festa é Festa, da TVI, não teve uma vida fácil na escola. A atriz deu uma entrevista a Manuel Luís Goucha e disse mesmo que passou “oito anos horríveis” devido ao comportamento que os colegas tinham para com ela. Durante a entrevista, Ana Marta foi surpreendida por mensagens de algumas amigas e de uma professora de faculdade. A seguir, não escondeu a emoção: “A última menina que apareceu foi a minha melhor amiga no jardim de infância e depois eu mudei de escola. Tive uns oito anos horríveis”.

“Havia um esforço comum para tudo o que eu fizesse corresse mal”, confidencia Ana Marta Contente

“Quando eu fui para o 9.º ano, conheci estas pessoas que são umas pérolas. Ter amigos e arranjar amigos a sério é uma coisa muito difícil. Tive muita sorte”, disse, sem conter as lágrimas e levando o apresentador a questionar se ela tinha sido vítima de bullying. Foi então que a atriz descreveu o inferno que viveu quando era criança: “Eu não diria bem bullying, porque não era diretamente. As únicas ocasiões em que me disseram diretamente acabaram em discussões. Estás a ver quando dois miúdos andam à porrada e fica tudo à volta?

“Isso aconteceu-me, mas sem a porrada. O que acontecia era muito por trás. Havia um esforço comum para tudo o que eu fizesse correr mal . E era a partir das pessoas mais próximas de mim. Isso é que custava mais”, contou, acrescentando: “Sempre que eu conhecia alguma pessoa nova, sempre que eu me aproximava de alguém, a primeira coisa que me diziam era ‘ah, afinal, tu não és como dizem’.”

“Durante muito tempo, ninguém se apercebeu do que se estava a passar”

Manuel Luís Goucha perguntou a Ana Marta Contente se ela escondia o que passava na escola ou se partilhava em casa. “Durante muito tempo, ninguém se apercebeu do que é que se estava a passar e nem eu sabia o impacto que tinha em mim. Mas quando tu não lidas com as coisas , elas vêm cá para te obrigar a tratar delas”, concluiu, em lágrimas.

Texto: Patrícia Correia Branco;
Fotos: D.R.

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