O concurso O Preço Certo, emitido habitualmente pela RTP1 ao final da tarde dos dias úteis, é o líder destacado entre os programas da televisão portuguesa que acolhem estratégias de soft sponsoring, ou seja: patrocínios. De acordo com uma análise feita pela Mediamonitor, do Grupo Marktest, ao retorno gerado pelas estratégias de Soft Sponsoring, o programa apresentado Fernando Mendes somou sozinho – incluindo as repetições – quase tantas inserções comerciais como os restantes programas que ocupam o Top5 deste ranking.

A análise Mediamonitor às emissões dos canais portugueses entre 1 de novembro de 2021 e 20 de março de 2022 revela que as emissões originais de O Preço Certo, na RTP1, somaram 6.370 inserções comerciais, que representam um retorno a preços de tabela de cerca de 65,7 milhões de euros. Se a este volume acrescentarmos as 3.541 inserções identificadas nas repetições do programa – para um retorno de mais de 33 milhões de euros –, constata-se que o concurso alcançou quase 10 mil presenças de marcas e um retorno estimado em 99 milhões de euros, a preços de tabela.

Este registo fica assim próximo das 11.719 inserções – para um retorno total estimado em 102,8 milhões de euros – identificadas pela Mediamonitor nos restantes três programas do Top5 deste ranking de soft sponsoring: o programa Somos Portugal, da TVI, com 4.614 referências avaliadas em 54,2 milhões de euros, o Casa Feliz, da SIC, com 4.684 inserções avaliadas em 30,2 milhões de euros e o Big Brother Famosos Extra, com 2.421 menções ou presenças de marca avaliadas em 18,3 milhões de euros, a preços de tabela.

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Quando a comparação tem por base os GRP gerados por estes programas, o domínio do concurso O Preço Certo no retorno das estratégias de soft sponsoring torna-se ainda mais significativo no período em análise: as emissões do programa apresentado por Fernando Mendes geraram cerca de 9.766.542.2 GRP, o que representa quase o dobro dos 5.216.939.3 GRP dos restantes três programas do Top5.

A análise feita pela Mediamonitor entre novembro e março englobou a emissão de dois formatos de culinária emitidos no horário nobre dos fins-de-semana nos canais nacionais: MasterChef, da RTP1, e Hell’s Kitchen, da SIC. E na comparação entre o retorno das estratégias de soft sponsoring destes dois programas, o MasterChef destaca-se de forma evidente.

O formato emitido pela RTP1 fica mesmo em sexto lugar no ranking de investimentos em soft sponsoring entre novembro e março, com um retorno estimado em 17,3 milhões de euros, a preços de tabela, resultantes de 4.855 inserções identificadas pela Mediamonitor. O formato Hell’s Kitchen, emitido pela SIC, quedou-se pelo 31.º lugar do ranking, com as 718 inserções identificadas a representarem um retorno ligeiramente superior a 4,1 milhões de euros, a preços de tabela.

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