Síndrome de Asperger e superdotação: Uma relação próxima?

A Síndrome de Asperger é causada por múltiplos fatores, genéticos, ambientais e de neurodesenvolvimento. No entanto, podemos notar que apresenta muitas vezes relações com comportamentos típicos de pessoas superdotadas.

Síndrome de Asperger e superdotação: Uma relação próxima?

A Síndrome de Asperger, que faz parte do espectro autista, é caracterizada por dificuldades na interação social, interpretação de emoções, manter relacionamentos e comunicação interpessoal.

Esta condição é causada por múltiplos fatores – genéticos, ambientais e de neurodesenvolvimento. No entanto, podemos notar que muitas das vezes apresenta relações com comportamentos típicos de pessoas com superdotação.

Diversas personalidades com Transtorno do Espectro Autista (TEA) também se tornaram grandes génios da Humanidade, como Albert Einstein, Isaac Newton e Elon Musk. Mas, afinal, estas relações entre as condições estão presentes em todas as suas manifestações?

Não é incomum encontrar pessoas com diagnóstico de Asperger que possuem uma capacidade superior de raciocínio e inteligência acima da média. Isto deve-se a alguns detalhes da sua formação cerebral, como a presença de maior quantidade de horas, permitindo assim maior massa encefálica e melhor processamento de estímulos e informações.

O Asperger e a sobredotação

Pessoas com alto QI também mascaram as reais habilidades em nome da aceitação social. Algo que, na grande maioria dos casos, faz com que o indivíduo apresente dificuldades de socialização, de forma similar ao Asperger.

O deficit nas habilidades sociais de uma pessoa com Asperger têm fortes raízes genéticas – com alterações específicas que geram atrasos de desenvolvimento, além de menor volume de substância branca entre o ventrículo maior. Além disso, alterações em determinadas regiões cerebrais, como o lobo frontal e temporal, modela os diversos níveis de autismo, o que também é causado pela hipoconectividade entre os hemisférios do cérebro, prejudicando a interação entre eles.

Ou seja, o autismo não é diretamente ligado à superdotação, havendo mesmo características opostas às apresentadas por pessoas com alto QI. No entanto, também existem similaridades que justificam a proximidade das condições, fazendo-as compartilhar traços.

Fabiano Lima

Fabiano de Abreu Rodrigues, filósofo e cientista

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