EUA garantem que míssil dos Huthis intercetado em Riade foi feito no Irão, Teerão nega

Os Estados Unidos voltaram a garantir hoje que o míssil balístico disparado em novembro passado no Iémen pelos rebeldes Huthis sobre o território da Arábia Saudita foi “fabricado no Irão”, informação que foi, entretanto, rejeitada por Teerão.

EUA garantem que míssil dos Huthis intercetado em Riade foi feito no Irão, Teerão nega

Os Estados Unidos voltaram a garantir hoje que o míssil balístico disparado em novembro passado no Iémen pelos rebeldes Huthis sobre o território da Arábia Saudita foi “fabricado no Irão”, informação que foi, entretanto, rejeitada por Teerão.

“Atrás de mim estão os destroços recuperados do míssil disparado pelos combatentes Huthis do Iémen sobre a Arábia Saudita. (…) Foi fabricado no Irão antes de ser enviado aos rebeldes Huthis no Iémen”, afirmou a embaixadora dos Estados Unidos junto da ONU, Nikki Haley.

E acrescentou: “Foi depois disparado sobre um aeroporto civil e poderia ter matado centenas de civis inocentes na Arábia Saudita”.

Nikki Haley falava numa base militar norte-americana, junto a destroços de mísseis e de drones (aparelhos não tripulados) que, segundo a própria, são provenientes de recentes ataques contra aliados dos Estados Unidos naquela região.

“Isto é absolutamente terrível e deve parar”, disse.

A 04 de novembro, um míssil balístico disparado pelos rebeldes Huthis a partir do Iémen foi intercetado e destruído sobre o aeroporto internacional de Riade.

Em reação, a Arábia Saudita (sunita), que lidera uma coligação árabe que apoia o poder iemenita num conflito iniciado em 2015, acusou o Irão (xiita) de fornecer equipamentos militares aos rebeldes iemenitas xiitas.

Momentos depois da divulgação das declarações de Nikki Haley, o Irão rejeitou “categoricamente” as afirmações da embaixadora norte-americana, alegando que tais informações têm por base “supostas provas fabricadas”.

“Uma acusação que rejeitamos categoricamente, uma acusação infundada, irresponsável, provocadora e destrutiva”, disse a missão iraniana junto da ONU, num comunicado. Estas “supostas evidências, divulgadas hoje publicamente, são tão fabricadas como as outras apresentadas em outras ocasiões”, referiu a mesma nota informativa.

O conflito no Iémen fez mais de 8.750 mortos desde março de 2015, dos quais mais de 1.500 eram crianças, e também 50.600 feridos, na maioria civis.

O país enfrenta a pior crise humanitária do planeta, segundo a ONU: 17 milhões de pessoas precisam de ajuda alimentar, sete milhões das quais em risco de epidemia de fome.

A propósito deste dossiê, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse, num relatório para o Conselho de Segurança a que a agência noticiosa norte-americana Associated Press teve acesso na quarta-feira, que as Nações Unidas estão a investigar a possível transferência de mísseis balísticos para os rebeldes Huthis no Iémen, que podem ter sido usados nos lançamentos dirigidos à Arábia Saudita, efetuados a 22 de julho e a 04 de novembro.

No mesmo documento, Guterres advertiu que o Irão pode estar a desafiar o pedido da ONU para parar o desenvolvimento de mísseis balísticos, mesmo que cumpra o acordo nuclear assinado em 2015 com seis potências mundiais (Estados Unidos, França, Reino Unido, China, Rússia e Alemanha).

 

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