Produção de petróleo em Timor-Leste arranca no final de 2023

A responsável da australiana Timor Resources disse hoje que espera iniciar a produção em dois poços em Timor-Leste no final de 2023, após a confirmação de amplas reservas de petróleo e gás natural.

Produção de petróleo em Timor-Leste arranca no final de 2023

Suellen Osborne explicou ter sido confirmada a existência de reservas de 24,2 milhões de barris de petróleo e de 1,3 mil milhões de pés cúbicos de gás natural em dois poços perfurados na zona de Suai, no sul do país. Numa nota enviada à Lusa, Osborne explica que o objetivo é “iniciar a produção no quarto trimestre de 2023”, sublinhando que a Autoridade Nacional de Petróleo e Minerais e o Governo timorense “apoiaram nos esforços para alcançar esta meta”.

“As reservas foram confirmadas por um certificador independente nos poços Humbili-1 e Karau-1”, explicou, referindo-se a dois dos poços que serão explorados pelo consórcio da Timor Resources e da petrolífera timorense Timor Gap. Osborne disse que a empresa vai continuar as explorações em pelo menos mais três poços, continuando a desenvolver o projeto que prevê a construção de uma zona de armazenagem e de uma conduta de 3,8 quilómetros até à costa sul do país.

As análises às reservas indicam que o petróleo do Karau tem “baixo teor de sulfureto” enquanto o petróleo do Kumbili-1 é “quase condensado com (…) elevada qualidade”. A nota refere que há “12 refinarias na região” que mostraram “indicadores iniciais de uma elevada procura de petróleo” com baixo teor de sulfureto. No que se refere aos três novos poços a perfurar entre 2022 e 2023, as estimativas apontam a reservas recuperáveis de mais de 378 milhões de barris, explica.

O Karau-1 é o primeiro poço de petróleo a ser perfurado em terra em Timor-Leste em mais de 50 anos. As explorações previstas arrancam com um teste de perfuração, que visa “isolar e testar a pressão, permeabilidade e capacidade produtiva de uma formação geológica durante a perfuração de um poço”. O teste é uma importante forma de determinar se um poço tem ou não reservas comerciais de hidrocarbonetos. Estão em curso os estudos de engenharia “para o desenvolvimento destes campos. Vamos esforçar-nos por acelerar as aprovações de desenvolvimento no terreno, para estabelecer a produção de petróleo no prazo de dois anos”, nos três novos poços, detalhou a empresa.

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