PR moçambicano na Índia defende “produção de qualidade” para país ser competitivo

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, defendeu hoje uma aposta na “produção de qualidade” para garantir um país competitivo, no primeiro dia de uma visita de trabalho à Índia.

PR moçambicano na Índia defende

“O que temos dito agora é: temos de produzir em quantidades, mas também apostar na qualidade para podermos competir”, declarou Filipe Nyusi, falando à comunicação social, à margem da cerimónia inaugural da 10.ª edição da Cimeira Global de Gujarat, no âmbito da sua visita à Índia.

A visita, com duração de quatro dias, resulta de um convite do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, com quem Filipe Nyusi esteve, primeiro, na cerimónia inaugural da Cimeira e, depois, numa reunião bilateral.

Na abertura da cerimónia, o Presidente de Timor-Leste, José Ramos Horta, também esteve entre os convidados de honra, tendo visitado o pavilhão de Moçambique.

“Felicito Moçambique pelos progressos que eu não conhecia. Moçambique é conhecido pelo caju e pelo camarão, que não eram bem transformados. É fascinante os progressos que Moçambique fez nestes últimos 10 anos, é fabuloso”, disse à comunicação social José Ramos Horta.  

A visita do chefe de Estado moçambicano à Índia enquadra-se nos esforços para o fortalecimento das relações de amizade e cooperação entre os dois países, bem como para a promoção de oportunidades de investimento em Moçambique, segundo a Presidência do país africano lusófono.

A visita de Filipe Nyusi ocorre num momento em que um diferendo, em tribunal, entre duas empresas sobre a liberalização das exportações de feijão bóer para a Índia levou ao bloqueio de dezenas de toneladas deste produto em portos moçambicanos.

Em finais de dezembro, a Confederação das Associações Económicas de Moçambique – CTA esclareceu que o feijão bóer que estava retido já está a ser exportado para a Índia, reiterando o “livre acesso ao mercado” como a melhor opção para evitar problemas similares.

A exportação de feijão bóer para a Índia, que é o principal mercado deste produto, resulta de um memorando de entendimento com Moçambique, assinado em 2016, prevendo a isenção de direitos aduaneiros para os importadores indianos.

A Índia é o maior produtor e consumidor de feijão bóer, com a imprensa indiana a indicar a subida de 10% no preço do produto no país em dois meses, precisamente devido às dificuldades de importação a partir de Moçambique.

EAC // MLL

By Impala News / Lusa

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