Mulher suicida-se depois de vídeo sexual ser partilhado entre colegas de trabalho

Verónica Rubio, de 32 anos, pôs termo à vida, depois de um vídeo sexual com cinco anos ter sido partilhado entre os colegas de trabalho. A mulher não aguentou a pressão e suicidou-se

Mulher suicida-se depois de vídeo sexual ser partilhado entre colegas de trabalho

Um vídeo sexual com cinco anos esteve na origem do suicídio de Verónica Rubio, de 32 anos. A mulher, casada e com dois filhos, ao ver o conteúdo a ser partilhado entre os grupos de WhatsApp da empresa de camiões da Iveco, em Madrid, a CNH Industrial, onde trabalha, não aguentou a pressão e pôs termo à vida.

O vídeo foi gravado quando a mulher tinha 27 anos. Era solteira e decidiu gravar um vídeo a ter relações sexuais. Agora, cinco anos depois, Verónica Rubio é confrontada novamente com o conteúdo gravado. Segundo o El Mundo, as autoridades acreditam que, na origem da divulgação do vídeo, está um antigo amante amoroso.

O nome de Verónica começou a ser conhecido na empresa – composta maioritariamente por trabalhadores do sexo masculino –pelas piores razões. «É aquela ali», foi um dos exemplos de abordagens que a mulher teve de ouvir nos últimos dias, conta um dos seus colegas, que preferiu não revelar a identidade, à mesma publicação. «Cheguei a ver um colega a apontar para ela, a dizer a um outro que era ela a mulher do vídeo. Quando o repreendi, respondeu-me: ‘Se ela não se importa…’», disse a mesma fonte.

Ao aperceber-se de que a situação estava a ficar fora do seu controlo, Verónica Rubio pediu ajuda aos Recursos Humanos da empresa para que a sua vida volte à normalidade e para que o vídeo não chegue às mãos do marido. A empresa diz não conseguir ajudá-la e aconselha-a a fazer queixa na polícia, mas Verónica recusa com medo de que o caso tome outras proporções.

Vídeo chega às mãos do marido e Verónica não aguentou

A situação foi de tal forma polémica que, alguns dos colegas de trabalho de Verónica, tiveram acesso ao vídeo através de pessoas externas à empresa. «A maioria de nós viu o vídeo, foi tão difundido que me chegou através de pessoas que não trabalham na empresa», comenta um outro colega de trabalho.

Na sexta-feira passada, o que a mulher mais temia acabou por acontecer. A cunhada de Verónica, que trabalhava na mesma empresa, tem acesso ao conteúdo e envia-o ao irmão, marido da vítima. Quando soube, a protagonista do vídeo sexual teve um ataque de ansiedade e teve de regressar a casa. Foi a última vez que foi vista na empresa. No sábado pôs termo à vida.

«A gota de água foi o vídeo ter chegado ao marido. Embora tenha sido gravado antes de se terem casado, na sexta-feira passada disse-me que ficou arrasada quando percebeu que ele o tinha visto», conta um amigo de Verónica ao El Mundo.

Cada um dos trabalhadores está a ser investigado e podem ser acusados de responsáveis da morte de Verónica

A Polícia Nacional esta a investigar o caso e cerca de 2500 pessoas poderão vir a ser acusadas. O crime, a revelação de um segredo, é punível na lei espanhola, com uma moldura penal que vai de três meses a um ano de cadeia. Cada um dos trabalhadores da empresa estão a ser investigados pelas autoridades para que se perceba o nível de implicação que têm neste caso. Caso tenham partilhado o vídeo são responsáveis pela morte de Verónica.

A Confederação Sindical de Comissões de Obras-Inicio (CC.OO) avança com uma denúncia à Inspeção do Trabalho contra a empresa, onde a mulher trabalhava, a Iveco Espanha, por não terem accionado o protocolo de assédio sexual. «A empresa estava ciente desta situação de risco no trabalho, pelo menos desde quinta-feira, 23 de maio, e não tomou nenhuma medida preventiva, portanto, a CC.OO acredita que a sua inação foi um fator decisivo no infeliz desfecho que culminou na morte da nossa colega», declarou em comunicado.

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